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Médio Oriente: Netanyahu aquém do suficiente para acordo de libertação de reféns, revela Joe Biden

Biden falava pouco antes de se encontrar com os negociadores norte-americanos que trabalham para libertar os reféns no contexto da guerra entre Israel e o Hamas, após a morte de seis deles, incluindo um cidadão israelo-norte-americano.
2 Setembro 2024, 17h44

O Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não está a fazer o suficiente para alcançar um acordo de libertação dos reféns israelitas mantidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.

Biden falava pouco antes de se encontrar com os negociadores norte-americanos que trabalham para libertar os reféns no contexto da guerra entre Israel e o Hamas, após a morte de seis deles, incluindo um cidadão israelo-norte-americano.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, candidata do Partido Democrata à sucessão de Biden nas eleições presidenciais de 05 de novembro, também participa nesta reunião na Casa Branca.

Questionado pela comunicação social, à entrada para a reunião, sobre se pensa que Netanyahu está a “fazer o suficiente” para obter um acordo de libertação dos reféns, o chefe de Estado norte-americano respondeu: “Não”.

Durante esse encontro, Joe Biden e Kamala Harris “debaterão iniciativas para chegar a um acordo que garanta a libertação dos restantes reféns”, segundo um comunicado oficial.

Os Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Qatar, que também se apresentaram como mediadores, insistem há meses numa troca de reféns por prisioneiros palestinianos e num cessar-fogo na Faixa de Gaza, há quase 11 meses palco de uma guerra entre Israel e o Hamas.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 105 dos quais foram libertados no cessar-fogo de uma semana em novembro e 97 continuam em cativeiro, 33 dos quais foram entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

Em Israel, começou hoje uma greve nacional com uma participação desigual, para aumentar a pressão sobre o primeiro-ministro, acusado por muitos israelitas de não fazer o suficiente para os trazer de volta vivos.

A guerra, que hoje entrou no 332.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.786 mortos (quase 2% da população) e 94.224 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após mais de dez meses e meio de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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