O preço das rendas das casas em Portugal verificou um crescimento de 6,5% em agosto, face ao mesmo período do ano anterior, mantendo uma trajetória de desaceleração no país que se tem verificado desde o início do ano. Contudo, é preciso recuar até agosto de 2022 para encontrar precisamente um valor idêntico no preço das rendas, segundo o relatório do ‘idealista’.
Este foi o segundo mês consecutivo em que as rendas ficaram abaixo dos dois dígitos, depois de, em julho, ter sido registada uma subida de 9,1%. Curiosamente este foi o mesmo valor que havia sido observado em setembro de 2022, sendo que desde então o valor do arrendamento em Portugal permaneceu sempre acima dos 10%.
A tendência de descida no preço das rendas tem vindo a acentuar-se desde o início do ano, que começou com um aumento anual de 20,4% em janeiro. Com exceção do período entre março (16,2%) e abril (16,4%), o valor do arrendamento tem vindo a desacelerar no país face ao período homólogo de 2023.
Em relação ao valor do m² registado em cada distrito, Lisboa (21,8 euros/m²) continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa, seguida pelo Porto (17,4 euros/m²), Funchal (14,3 euros/m²), Faro (12,8 euros/m²), Setúbal (12 euros/m²), Évora (11,5 euros/m²), Aveiro (11,5 euros/m²) e Coimbra (11,2 euros/m²).
Com valores de rendas mais acessíveis encontram-se as cidades de Braga (9,2 euros/m²), Santarém (8,3 euros/m²), Viana do Castelo e Leiria (ambas 8,2 euros/m²), Viseu (7 euros/m²) e Castelo Branco (6,5 euros/m²).
Lisboa registou preço mais baixo desde maio de 2022
Analisando os dados do ‘idealista’ para a capital portuguesa verificamos que a situação é muito semelhante ao que se observa a nível nacional. Em agosto, os preços das rendas em Lisboa atingiram os 5,3% e também aqui é preciso recuar a maio de 2022 (4,8%) para encontrar um valor abaixo do arrendamento.
Também em Lisboa a tendência de desaceleração no preço das rendas verifica-se desde janeiro, excetuando, tal como a nível nacional, os meses de março (14,4%) e abril (14,5%), ficando pelo segundo mês consecutivo com valores abaixo dos 10%.
De resto, todas as regiões do país tiveram aumentos nos valores das rendas, destacando-se a Região Autónoma dos Açores (10,3%), seguida pelo Norte (7,8%), Centro (7,7%), Algarve (7,4%), Área Metropolitana de Lisboa (6%), Alentejo (5,8%) e Região Autónoma da Madeira (2,7%).
A Grande Lisboa, com 19,2 euros/m², continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (14,6 euros/m²), Norte (14 euros/m²), Região Autónoma da Madeira (13,6 euros/m²), Região Autónoma dos Açores (9,3 euros/m²), Centro (9,4 euros/m²) e o Alentejo (10,1) euros/m²).
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