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EUA: Produção industrial cai pela primeira vez em sete meses

O PMI da indústria norte-americana aponta para uma queda na produção das fábricas, à boleia de uma procura mais fraca, um cenário que não se verificava há sete meses.
3 Setembro 2024, 16h23

A indústria norte-americana entrou, em agosto, em recessão pela primeira vez em sete meses, face a uma procura em queda, reporta o índice de gestores de compras (PMI), divulgado esta terça-feira. O indicador foi revisto em ligeira baixa, ficando em 47,9 pontos, empurrando também o emprego para baixo.

A estimativa inicial de 48 pontos foi revista marginalmente em baixa, confirmando assim a deterioração do PMI industrial norte-americano em agosto, um mínimo este ano e a primeira leitura em terreno de contração da atividade, ou seja, abaixo de 50 pontos. A S&P Global, responsável pelo inquérito de mercado, aponta a fraca procura como responsável pela deterioração, que tem levado à descida nas novas encomendas.

Na mesma linha, a procura das empresas por consumos intermédios abrandou, isto apesar de os custos dos inputs terem voltado a subir a um ritmo que é o mais elevado nos últimos 16 meses. Do lado das expectativas dos preços de venda, também houve uma aceleração, lê-se no comunicado desta terça-feira, embora a inflação do lado das vendas seja a segunda mais baixa este ano.

Em sentido inverso, mas numa evolução coincidente com um abrandamento da procura, os entupimentos na entrega de bens caíram pelo 23º mês seguido e ao ritmo mais acelerado desde abril.

“Vendas mais lentas do que se esperava estão a levar os armazéns a acumular stock não vendido e a escassez de novas encomendas levou as fábricas a cortar a produção pela primeira vez desde janeiro”, aponta Chris Williamson, responsável pela unidade da S&P Global de análise económica.

“Os produtores estão também a reduzir o emprego pela primeira vez este ano e a comprar menos inputs dadas as preocupações com o excesso de capacidade”, acrescenta. O emprego caiu a meio do terceiro trimestre, um cenário ainda não verificado este ano.

Outro sinal claro do abrandamento do sector secundário norte-americano é a queda no ritmo de abertura de novas empresas, o segundo mês consecutivo em que se regista este abrandamento.

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