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Arábia Saudita abre comportas ao petróleo. Brent em queda acentuada

Arábia Saudita vai aumentar a produção para reconquistar participação de mercado, que tem perdido por conta do acordo, mesmo que isso signifique preços mais baixos. 
petróleo
26 Setembro 2024, 13h22

A Arábia Saudita contrariou todos os players do sector petrolífero e decidiu agir por conta própria: abriu as comportas à produção de petróleo. O mercado não reagiu foi da melhor maneira, com os preços do petróleo a perder terreno.

Pelas 12h50, o brent desacelera 2,77% para 70,88 dólares e o crude afunda 3,03% para 67,58 dólares. Esta queda está a acontecer desde esta manhã e está a pressionar fortemente as empresas que atuam no segmento, com a Galp a perder valor na praça portuguesa.

O “Financial Times” conta que Riade se prepara para abandonar o acordo não oficial de impulsionar o preço do petróleo até aos 100 dólares por barril.

Segundo a publicação britânica, a Arábia Saudita vai aumentar a produção para reconquistar participação de mercado, que tem perdido por conta do acordo, mesmo que isso signifique preços mais baixos.

Esta é uma mudança considerável, tendo em conta que Riade lidera a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Os preços do petróleo caíram cerca de 5% este ano, por conta do aumento da oferta de outros produtores como os Estados Unidos, e pela fraca procura na China, o que levou a Arábia Saudita a romper o acordo.

No início do mês, a OPEP+ (onde se encontra a Rússia) concordou em adiar o aumento da produção para outubro e novembro, isto depois dos preços terem atingido o nível mais baixo dos últimos nove meses. No entanto, apontou que poderia considerar pausar ou reverter os aumentos.

Quando a Arábia Saudita lançou a ‘bomba’ do aumento de produção, o barril perdeu quase três dólares. Agora, os cortes de produção devem começar a ser revertidos pelos oito membro produtores da OPEP+ já no início de outubro.

O petróleo está agora a negociar abaixo dos 70 dólares, o nível mais baixo desde dezembro de 2021. Riade mostrou-se ainda comprometida em restaurar a produção conforme o que foi acordado para 1 de dezembro.

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