O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá desacelerar para 1,8% em 2019, impulsionado pela procura interna e pelo setor externo, estima uma nota de research do BBVA Research, publicada esta segunda-feira.
De acordo com a análise assinada por Angie Suárez, o investimento e o consumo privado continuarão a contribuir positivamente para o crescimento da economia, ainda que a um ritmo mais lento. Paralelamente, a política acomodatícia e os preços mais baixos do petróleo deverão favorecer o cenário de crescimento.
Relativamente ao quarto trimestre de 2018, o crescimento económico português deverá ter crescido em cadeia 0,4%, impulsionado pela procura interna, estando moderado até 0,3% no terceiro trimestre de 2018, que compara com os 0,6% observados no segundo trimestre.
“Este avanço produziu-se sobretudo devido ao aumento da formação bruta de capital e do crescimento do consumo final nacional, apesar da forte contração da procura externa”, explica a nota. “Esta expansão traduziu-se num aumento do emprego que foi, no entanto, inferior ao do trimestre anterior”.
A nota de research salienta que a economia portuguesa é apoiada na procura interna, com um contributo de de 1,1 pontos percentuais para o crescimento do terceiro trimestre de 2018, enquanto o contributo da procura externa líquida passou de nulo a negativo, nos -0.8 pp.
“Em particular, destacou-se positivamente o avanço do investimento de 3,5% em cadeira (4,4% em termos homólogos), sobretudo pelo aumento da despesa em material de transporte e em existências”, explica.
Por outro lado, apesar das vendas a retalho terem aumentado em outubro 2,7% face ao período homólogo e em novembro (+1,6%), “a confiança dos consumidores continuou sem recuperar o otimismo do início do ano e continuou em terreno negativo”.
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