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PSD acusa Pedro Nuno Santos de “enganar o país” com expectativa de negociação

Para Hugo Soares, “apenas por capricho, ou por taticismo eleitoral e partidário, ou por falta de capacidade de pôr o interesse nacional acima de qualquer pequeno interesse ou interesse partidário, é que é possível imaginar” que não haja entendimentos quanto à redução de impostos sobre os mais jovens e sobre as empresas.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
30 Setembro 2024, 11h54

O líder parlamentar do PSD perguntou hoje se “é assim tão difícil” um entendimento num Orçamento do Estado que baixa impostos, acusando o PS de ter enganado o Governo e o país quanto à possibilidade de negociar medidas.

Hugo Soares falava na sessão de abertura das jornadas parlamentares conjuntas do PSD/CDS-PP, na Assembleia da República, e que têm como tema “Um Orçamento do Estado para resolver os problemas das pessoas”.

“Que diabo será assim tão difícil entendermo-nos quanto à baixa de impostos. Há alguém no país que não concorde com a redução de impostos?”, questionou.

Para Hugo Soares, “apenas por capricho, ou por taticismo eleitoral e partidário, ou por falta de capacidade de pôr o interesse nacional acima de qualquer pequeno interesse ou interesse partidário, é que é possível imaginar” que não haja entendimentos quanto à redução de impostos sobre os mais jovens e sobre as empresas.

Sobre estes dois pontos – que o PS tem apresentado como as duas medidas que não aceita que constem do próximo Orçamento para o viabilizar -, o líder parlamentar do PSD acusou ainda os socialistas de terem andando “a enganar o país” e o Governo, “criando a expectativa de que havia uma hipótese de negociar as duas medidas do programa do Governo”.

Momentos antes, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, salientou que “não há memória de um primeiro orçamento de um Governo com maioria relativa que não tenha sido viabilizado em Portugal” e avisou que o chumbo da proposta de OE 2025 “terá consequências muito graves para todos os autarcas do país”.

“E por isso, a bem do interesse nacional, eu gostava de fazer hoje aqui um apelo ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. E o apelo é muito direto: ponha o interesse nacional à frente dos interesses partidários, é isso que o sentido de Estado exige”, apelou.

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