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Médio Oriente: Chefe da diplomacia dos EUA diz que mundo está mais seguro sem líder do Hezbollah

“Hassan Nasrallah foi um terrorista brutal que causou numerosas vítimas, incluindo norte-americanos, israelitas, civis no Líbano, civis na Síria e muitos outros”, afirmou na abertura de uma reunião ministerial em Washington entre os países da coligação que combate os ‘jihadistas’ do Estado Islâmico (EI).
30 Setembro 2024, 19h00

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje que o líder do Hezbollah morto na semana passada num ataque israelita, Hassan Nasrallah, era um “terrorista brutal”, defendendo que o mundo está “mais seguro sem ele”.

“Hassan Nasrallah foi um terrorista brutal que causou numerosas vítimas, incluindo norte-americanos, israelitas, civis no Líbano, civis na Síria e muitos outros”, afirmou na abertura de uma reunião ministerial em Washington entre os países da coligação que combate os ‘jihadistas’ do Estado Islâmico (EI).

“Enquanto liderava o Hezbollah, o grupo aterrorizou as populações de toda a região e impediu o Líbano de progredir plenamente como país”, disse, sublinhando que “o Líbano, a região e o mundo estão mais seguros sem ele”.

No entanto, referiu Blinken, e apesar da dramática escalada do conflito no Médio Oriente, os Estados Unidos ainda acreditam na diplomacia.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os nossos parceiros na região e em todo o mundo para fazer avançar uma resolução diplomática que traga segurança real a Israel e ao Líbano e permita que os cidadãos de ambos os lados da fronteira regressem a casa”, garantiu.

“A diplomacia continua a ser o melhor e o único caminho para alcançar uma maior estabilidade no Médio Oriente, e os Estados Unidos continuam empenhados em avançar com urgência nestes esforços”, nomeadamente com vista a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmou o chefe da diplomacia norte-americana.

Os Estados Unidos e a França lideraram um apelo apresentado na semana passada na ONU para um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah libanês, que tem sido ignorado na prática já que foi seguido de grandes ataques israelitas ao Líbano.

A diplomacia também não parece ser a via preferida pelo grupo xiita Hezbollah que hoje, através do seu vice-líder (atual líder interino), Naim Kassem, se apresentou “pronto para uma longa guerra”.

No seu primeiro discurso depois da morte de Hassan Nasrallah, na sequência de um bombardeamento israelita perto de Beirute, Naim Kassem afirmou, numa declaração televisiva, que os combatentes do Hezbollah estão prontos para lutar e defender o Líbano, onde o grupo está sediado, caso Israel decida lançar uma ofensiva terrestre naquele país.

Nasrallah foi morto juntamente com Ali Karaké, comandante da fronteira com Israel no sul do Líbano, com o brigadeiro-general Abbas Nilforoushan, da Guarda Revolucionária iraniana e com dois outros membros do Hezbollah, disse Naim Kassem.

A situação no Líbano é o tema de uma reunião de emergência que vai decorrer hoje entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), convocada pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

O exército israelita lançou hoje um ataque aéreo no coração de Beirute, pela primeira vez desde o início da escalada militar entre Israel e o Hezbollah libanês, matando três membros do grupo palestiniano Hamas, incluindo – segundo o exército israelita – o líder do movimento islamista no Líbano.

Desde o início da escalada militar entre Israel e o Hezbollah, em meados de setembro, mais de mil pessoas foram mortas no Líbano, segundo as autoridades libanesas.

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