Em Portugal 14% das consultoras de negócios e gestão enfrentam risco de incumprimento

Os dados mais recentes do Insight View da Iberinform, filial da Crédito y Caución, demonstram que o setor de consultoria para negócios e gestão em Portugal enfrenta diversos desafios num ambiente económico em constante mudança, onde as empresas precisam se adaptar às crescentes expectativas dos clientes.

A estrutura do setor é marcada pela predominância de microempresas, que representam 95% das entidades, enquanto as pequenas empresas correspondem a 5%. Essa configuração reflete a alta especialização das consultoras, que muitas vezes operam em nichos específicos e respondem de forma ágil às necessidades do mercado, diz o mesmo estudo.

Quanto à antiguidade das empresas, há uma diversidade notável. É salientado que cerca de 21% das consultoras estão em atividade há apenas um ano, enquanto 30% têm entre dois e cinco anos de operação. Consultoras com seis a dez anos representam 22%, e aquelas com 11 a 15 anos somam 11%. Além disso, 11% das empresas têm entre 16 e 25 anos, e apenas 5% operam há mais de 25 anos. Essa variedade evidencia o dinamismo do setor, que atrai novas start-ups, mantendo, simultaneamente, empresas mais estabelecidas.

A avaliação dos riscos é crucial para entender a resiliência do setor. Os dados do Insight View mostram que, atualmente, 14% das empresas enfrentam um alto risco de incumprimento, enquanto 52% são classificadas com risco médio e 34% com baixo risco. Essa distribuição sugere que, apesar dos desafios, uma parte significativa das consultoras permanece estável.

Geograficamente, Lisboa é o principal centro de concentração, abrigando 48% das consultoras. O Porto é o segundo polo, com 17% das empresas, enquanto regiões como Setúbal, Braga e Aveiro possuem 6%, 5% e 3%, respectivamente. Os 21% restantes estão distribuídos por outras áreas do país, indicando uma procura por serviços de consultoria também fora dos grandes centros urbanos.

Em resumo, o setor de consultoria para negócios e gestão em Portugal demonstra resiliência, com a maioria das empresas a enfrentarem níveis de risco moderados ou baixos. A significativa presença de microempresas ressalta a flexibilidade do setor, que, com sua diversidade de idades e localizações, continua a ser um parceiro vital para o crescimento e a eficiência das empresas no país.