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OE2025: Chega defende que eleitores da AD não querem acordo com o PS

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse que o partido sempre este disponível para um acordo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025: “Nós desde o dia 10 de março à noite que estamos disponíveis para fazer um acordo de governo com o PSD. Foi o PSD que preferiu o PS”, lamentou.
André Ventura Pedro Pinto
Luís Forra / Lusa
5 Outubro 2024, 14h11

O líder parlamentar do Chega alegou, este sábado, que o Governo já chegou a acordo com o PS sobre o Orçamento do Estado para 2025 e defendeu que essa opção não agrada a quem votou na AD.

“Perguntem aos eleitores da AD [coligação pré-eleitoral entre PSD e CDS-PP], àqueles que votaram na AD, se estão satisfeitos com o acordo entre o PSD e o Partido Socialista (PS), perguntem-lhes isso”, declarou Pedro Pinto aos jornalistas, na Praça do Município, em Lisboa, no fim da sessão comemorativa do 5 de Outubro.

Segundo o líder parlamentar do Chega, o seu partido sempre este disponível para um acordo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025: “Nós desde o dia 10 de março à noite que estamos disponíveis para fazer um acordo de governo com o PSD”.

“Foi o PSD que preferiu o PS”, lamentou.

“Aquilo também que se percebeu, e por isso se calhar o senhor Presidente da República não falou nisso [no seu  discurso], é que existe um acordo já entre o PS e o PSD, percebe-se claramente”, sustentou, acrescentando: “Eles vão ficar com o ónus disso”.

De acordo com Pedro Pinto, neste contexto, o Chega não pode estar a favor o Orçamento do Estado 2025.

“Como é que nós podíamos chegar hoje, ao dia 5 de Outubro de 2024, e dizer assim: nós vamos votar a favor de um Orçamento que está a ser anunciado entre o PSD e o PS. Com que cara é que nós chegávamos ao pé das pessoas que quiseram correr com o socialismo, aquelas pessoas que votaram no Chega quiseram correr com o socialismo de Portugal?”, questionou.

Sobre a cerimónia comemorativa do 05 de Outubro, o líder parlamentar do Chega disse que se reviu nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “quando falou que Portugal tem um problema com a imigração, que Portugal deve valorizar as suas forças de segurança” e também os bombeiros.

Quanto ao discurso do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Pinto subscreveu o apelo ao combate à pobreza, mas qualificou-o como “um discurso um bocado contraditório com aquilo que ele tem feito até agora”.

No seu entender, o Presidente da República tem criado “um clima de medo entre a população portuguesa com uma suposta crise económica” ao alertar que “Portugal ia entrar numa crise política se não fosse aprovado o Orçamento”.

“E aquilo que ele disse hoje foi precisamente o contrário, foi que Portugal, desde que é uma República, tem superado todas as crises, sejam elas financeiras, económicas ou todas as crises que têm aparecido, e Portugal é um país maduro, de uma democracia madura e que superará tudo certamente, haja ou não haja Orçamento”, considerou.

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