[weglot_switcher]

Jefferies mantém recomendação de compra do BCP

Os analistas explicam que Portugal “está a beneficiar de uma dinâmica positiva de crescimento do crédito (empréstimos a crescerem 0,7% em termos homólogos em Agosto, com os empréstimos às famílias a subirem 1,8% em termos homólogos) – num contexto de crescimento ainda anémico do crédito em todos os países da UE
12 Outubro 2024, 15h01

Os analistas do banco de investimento Jefferies mantêm a recomendação de compra (buy) para as ações do BCP. “Reiteramos a nossa recomendação de compra no BCP”, lê-se no O Painel dos Bancos EMEA, publicado pelo Jefferies Bank.

O price-target atribuído às ações do BCP é de 0,43 euros.

Os analistas explicam que “Portugal não só está a beneficiar de uma dinâmica positiva de crescimento do crédito (empréstimos a crescerem 0,7% em termos homólogos em Agosto, com os empréstimos às famílias a subirem 1,8% em termos homólogos) – num contexto de crescimento ainda anémico do crédito em todos os países da UE – mas também está a desfrutar de um crescimento saudável dos depósitos (+5,8% em agosto face ao mesmo mês do ano anterior). Isto deixa o sistema com uma ampla liquidez (loan-to-deposit ratio, LDR, de 79%)”.

“Reiteramos a nossa recomendação de compra para o BCP, que consideramos estar positivamente orientado para uma dinâmica de apoio, mesmo perante a descida das taxas de juro do mercado europeu”, acrescenta o Jefferies.

Tudo indica que o BCE reduzirá as taxas de juro em outubro: as expectativas do mercado apontam para uma redução de 25 p.b. com uma probabilidade de 95% e a própria Presidente do BCE, Christine Lagarde, piscou o olho a essa redução após a descida dos últimos dados sobre a inflação e a atividade económica.

Na análise destaca-se ainda o espanhol Santander que acaba de lançar o Openbank nos EUA. A oferta principal é para particulares de alto rendimento (high-yield savings accounts – HYSA), que oferece remuneração de 5,25%, destinada a clientes não correntes nos EUA.

O Openbank, banco digital do Grupo Santander, já está operacional nos Estados Unidos, pouco depois de o banco ter anunciado o primeiro produto de lançamento, uma conta poupança com juros de 5,25%. Para abrir uma conta deve ser americano ou estrangeiro residente nos Estados Unidos, “ter pelo menos 18 anos (ou mais)”, fornecer o seu número de Segurança Social, morada e número de telefone, e ter um telemóvel ou tablet com identificação biométrica para utilizar a sua aplicação. Além disso, deve fazer um depósito inicial mínimo de 500 dólares.

No processo de abertura da conta, o Openbank – que nos Estados Unidos não actua como subsidiária independente, mas como uma divisão do Santander Bank, o banco comercial do grupo no país. Todo o processo de abertura de conta demora apenas 5 minutos, segundo o banco.

Por enquanto, o Openbank não irá competir por depósitos com o banco tradicional, o que o impedirá de roubar clientes ao próprio grupo. Inicialmente, o Openbank High Yield Savings não está disponível para quem também tem uma conta de depósito no Santander Bank, através da rede de balcões de retalho ou que seja cliente atual dos seus créditos, independentemente do seu local de residência, segundo o Cinco Días.

Além disso, os clientes de Connecticut, Delaware, Massachusetts, New Hampshire, New Jersey, Nova Iorque, Pensilvânia e Rhode Island, os oito estados nos quais a rede de agências do Santander Bank está estabelecida, não podem abrir conta. O banco pretende alargar a oferta a todo o país nos próximos meses.

Os analistas do Jefferies dizem que “esperamos que qualquer depósito obtido através deste banco online substitua potencialmente as fontes grossistas existentes que financiam a carteira de consumidores com margens mais elevadas nos EUA”.

“Também soubemos na semana passada que o lançamento do Openbank no México implicará igualar as elevadas taxas de depósito oferecidas pelos novos participantes, um movimento que não está isento de riscos de canibalização”, refere o banco norte-americano na sua análise.

Na próxima semana, os mercados vão concentrar-se nos dados de inflação ( Czech Republic e Reino Unido), nos dados de emprego no Reino Unido e nas vendas a retalho (Reino Unido e EUA). Além disso, a equipa dos bancos do Jefferies também estará atenta ao inquérito do BCE sobre os empréstimos bancários.

Painel dos Bancos EMEA (Europa, Oriente Médio e África)

O SX7P (Stoxx 600 Banks) subiu +1% esta semana, em linha com o SXXP – Stoxx Europe 600 (+1%). Os melhores desempenhos foram o italiano BPE – Banca Popolare dell’Emilia Romagna (+14%).

Depois segue-se o português o BCP (+9%), o BPSO – Banca Popolare di Sondrio (+6%), o Danske e o Banco BPM (+4%).

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.