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Portugal com quebra nas vendas de componentes automóveis em agosto

“Há de facto uma descida da atividade de produção para os mercados internacionais que contraria as expectativas que a indústria tinha para o ano de 2024”, destaca a associação representante do sector.
No final do ano passado, a administração da Autoeuropa anunciou a intenção de avançar unilateralmente com um novo horário que prevê o trabalho aos sábados, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com duas Comissões de Trabalhadores. Esta decisão foi contestada pela CT e pelos sindicatos.
14 Outubro 2024, 12h37

A indústria automóvel em Portugal registou uma quebra de 5,4% em agosto (face a período homólogo de 2023) no que diz respeito à exportações de componentes, tendo atingido 736 milhões de euros, de acordo com dados da Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel (AFIA) baseados na informação facultada pelo INE.

Este sector, que representa 14,6% das exportações nacionais, também registou, no que aos componentes automóveis diz respeito, uma queda no que se refere ao acumulado das exportações entre janeiro e agosto: o valor total de vendas internacionais de componentes automóveis alcançaram os 7,7 mil milhões de euros, uma diminuição de 3,9% face ao período homólogo de 2023

“Os números que agora são indicados corroboram a preocupação que esta Associação vem mostrando: há de facto uma descida da atividade de produção para os mercados internacionais que contraria as expectativas que a indústria tinha para o ano de 2024”, destaca a associação representante do sector.

Para a AFIA, o mercado europeu “continua a ser o principal destino dos componentes automóveis fabricados em Portugal, representando 88,3% do total das exportações deste setor. Contudo, as exportações para a Europa caíram 4,8% no acumulado até agosto de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior”.

Entre os principais destinos europeus, Espanha mantém-se como o principal mercado, absorvendo 27,4% das exportações portuguesas de componentes automóveis, seguida pela Alemanha com 24,1% e pela França com 8,1%.

“Estes números refletem os desafios que o setor dos componentes automóveis enfrenta no contexto económico atual, com a procura internacional a revelar sinais de abrandamento, especialmente nos mercados europeus, que são vitais para as exportações nacionais”, conclui a AFIA.

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