O sistema de pensões em Portugal é dos piores ao nível da sustentabilidade, de acordo com avaliação do Índice Mundial de Pensões 2024 da Mercer e do CFA Institute, que faz uma comparação entre os sistemas de pensões a nível mundial. Em 48 países avaliados, Portugal obtém a sétima classificação mais baixa na sustentabilidade. No global, Portugal ocupa a posição 22 em 48 países avaliados.
Portugal ocupa a 22.ª segunda posição, tendo obtido a sétima classificação mais baixa no subíndice ‘Sustentabilidade’, pontuando apenas 34.6 neste parâmetro. Ainda assim, com uma pontuação global de 66.9, obteve a quinta e oitava classificações mais elevadas no subíndice ‘Adequação’ (83.4) e ‘Integridade’ (85.7), respetivamente. “O índice atribui ao sistema de pensões português o grau ‘B’ enquanto nota geral, o que significa que dispõe de uma estrutura sólida, com diversas caraterísticas positivas, mas com algumas áreas a melhorar”, pode ler-se no comunicado.
Este estudo aponta vários pontos de melhoria para Portugal: “Um aumento no valor das pensões relativas aos sistemas privados, implicando um acréscimo do nível de contribuições e do montante de ativos alocados a estes sistemas. Por outro lado, uma redução gradual dos níveis de dívida pública e de despesa com pensões públicas”.
Face ao ano passado, o valor do índice português diminuiu ligeiramente de 67.4, em 2023, para 66,9, em 2024.
“Perante o decréscimo da natalidade e o aumento da esperança média de vida, os sistemas de previdência estão no centro das atenções”, comenta Cristina Duarte, Principal da Mercer. “Garantir um forte alinhamento entre os regimes de pensões públicos e privados, alargar a cobertura dos colaboradores e incentivar uma maior participação da força de trabalho para aqueles que desejam trabalhar em idades mais avançadas, são apenas algumas das estratégias que permitirão melhorar a realidade dos pensionistas a longo prazo”.
Os Países Baixos obtiveram o valor mais elevado do índice (84,8), seguindo-se a Islândia (83,4) e a Dinamarca (81,6). O sistema de pensões dos Países Baixos continua a ser o melhor, encontrando-se a transitar de um sistema de benefício definido para uma abordagem mais individual de contribuição definida. O sistema apresenta também uma forte regulamentação e oferece orientação sobre as respetivas pensões.
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