O Exército israelita confirmou hoje que eliminou Jalal Motzfa Hariri, comandante do grupo xiita Hezbollah na região de Qana, no sul do Líbano, num bombardeamento que provocou pelo menos 15 mortos, de acordo com as autoridades libanesas.
Além de Hariri, os chefes de artilharia e de mísseis antitanque do Hezbollah na região foram também mortos, indicou o Exército israelita.
Segundo as forças armadas de Israel, Hariri foi responsável por planear e executar ataques contra a retaguarda israelita a partir da região de Qana.
A operação da Força Aérea de Israel em Qana fez pelo menos 15 mortos durante a madrugada e dezenas de feridos, de acordo com informações da Defesa Civil libanesa.
Na terça-feira, o Exército, que revela quase diariamente os nomes de comandantes do grupo xiita eliminados, anunciou também a morte do chefe da unidade aérea na zona norte do rio Litani, Jader Abed Bahja.
Segundo um comunicado militar, esta morte ocorreu “há vários dias” na zona de Nabatieh, sul do Líbano, e sob o comando de Bahja foram realizados ataques aéreos contra Israel, com recurso a ‘drones’, aviões de vigilância e aviões explosivos.
Noutra operação, bombardeamentos israelitas hoje em várias partes da cidade de Nabatiyeh, também no sul do Líbano, deixaram pelo menos 16 mortos e 52 feridos, informaram fontes oficiais.
Em sentido contrário, o Exército israelita deu conta hoje de cerca de 90 projéteis disparados pelo Hezbollah contra Israel até às 16:00 locais (14:00 em Lisboa).
Israel e o Hezbollah estão em confronto desde 08 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, que, durante quase um ano se limitou a trocas de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa.
Contudo, no final de setembro, Israel iniciou uma ampla campanha de bombardeamentos que se concentrou no sul e no leste do Líbano, mas também no subúrbio de Dahieh, no sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, onde foi morto o seu líder, Hassan Nasrallah, bem como outros altos quadros do grupo armado libanês apoiado pelo Irão.
Segundo o Governo libanês, pelo menos 2.350 pessoas morreram no último ano, das quais 1.356 desde 23 de setembro, e mais de 1,2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas.
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