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Bolsas encerram semana no ‘verde’ após corte nos juros. Lisboa em contraciclo

O índice PSI perdeu terreno para os principais índices europeus na sexta-feira. Os sectores da tecnologia e luxo destacaram-se pelos melhores motivos, após o BCE optar por uma redução de 25 pontos base nas taxas de referência.
PSI bolsa de Lisboa mercados
21 Outubro 2024, 07h30

A bolsa de Lisboa encerrou a semana a negociar em terreno negativo, penalizada sobretudo pela Mota-Engil. A maioria das principais bolsas europeias seguiram o rumo inverso, impulsionadas pelos estímulos na China, ao mesmo tempo que a tecnológica ASML recuperou uma parte das quedas que registou durante a semana.

O índice PSI recuou 0,62% e ficou-se pelos 6.673 pontos na sessão de sexta-feira, com a Mota-Engil a protagonizar a descida mais acentuada, na ordem de 2,27%, até aos 2,586 euros por ação. Seguiu-se a Galp a perder 1,66% para os 16,55 euros, ao passo que a Jerónimo Martins derrapou 1,45%, até aos 16,95 euros. Em sentido contrário, os títulos da Semapa foram os que mais valorizaram, em 0,82%, até aos 14,82 euros.

Olhando às mais importantes praças do Velho Continente, a tecnologia viveu um dia positivo. A gigante neerlandesa ASML, cotada no Euro Stoxx 50, subiu 4,78%, naquilo que foi uma recuperação face às sessões anteriores da última semana, em que chegou a totalizar uma descida a rondar os 20%, na sequência da apresentação dos resultados do terceiro trimestre na última quarta-feira, um dia antes do previsto.

A Prosus também faz parte do índice que reúne as 50 cotadas com maior capitalização de mercado do continente europeu e acompanhou o sentimento positivo. Os respetivos títulos subiram 2,18% no fecho da sessão de sexta-feira.

O luxo também terminou a semana com ganhos. Olhando à bolsa de Paris (o grande palco europeu das cotadas do sector), foi possível observar avanços de 3,50% na Kering e de 2,26% na Louis Vuitton.

Entre os mais importantes índices europeus, o Euro Stoxx 50 registou um avanço de 0,77% e liderou o sentimento. Mais atrás, houve subidas de 0,45% em Itália, 0,39% em França, 0,33% na Alemanha e 0,16% em Espanha. O Reino Unido fugiu à regra, a par com Portugal, ao resvalar 0,34%.

Esta semana começa sem dados económicos de grande relevo, embora que os mercados sigam atentamente o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, na terça-feira. A responsável pode levantar o véu sobre aquilo que será a decisão decorrente da última reunião daquela instituição em 2024. Isto na sequência do corte de 25 pontos base nas taxas de juro de referência, que ocorreu na quinta-feira passada.

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