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Analistas escolhem “Bola de Ouro” dos mercados financeiros

Após analisar os rácios económicos, o comportamento em bolsa, as dívidas e os lucros de cada empresa, a XTB chegou a um pódio composto pela empresa de semicondutores Nvidia, a retalhista Abercrombie & Fitch e tecnológica Meta Plataforms, dona do Instagram e Facebook.
Nvidia
REUTERS/File Photo
28 Outubro 2024, 17h13

A entrega dos prémios Ballon d’Or (Bola de Ouro) 2024 realiza-se esta segunda-feira à noite no Théâtre du Châtelet, em Paris, com o internacional brasileiro Vinícius Júnior (Real Madrid) e o médio espanhol Rodri (Manchester City) como favoritos ao maior galardão. Horas antes dessa cerimónia, os analistas da corretora online XTB decidiram escolher a Bola de Ouro dos mercados financeiros.

Após analisarem os rácios económicos, o comportamento em bolsa, as dívidas e os lucros de cada empresa, chegaram a um pódio composto pela empresa de semicondutores (chips) Nvidia, que ocupa o primeiro lugar, a retalhista Abercrombie & Fitch e tecnológica Meta Plataforms, que detém as redes sociais Instagram e Facebook e a aplicação de mensagens WhatsApp.

A Nvidia recebe a Ballon d’Or sem contestação, de acordo com os traders, porque “tem uma relevância tal que permite medir a temperatura dos investimentos em Inteligência Artificial (IA) e no setor de semicondutores”.

“O seu desempenho no último ano ultrapassa os 220%, o lucro cresceu 168% a sua evolução mantém uma rota de ascensão que lhe permitirá continuar a crescer, podendo mesmo tornar-se na empresa mais valiosa do mundo. Com uma participação próxima dos 80% no mercado de chips de IA, a Nvidia é a mais bem posicionada para beneficiar da taxa de crescimento anual composta de 20,4% prevista para o setor nos próximos cinco anos”, argumentam os especialistas da XTB.

Outro dos argumentos a favor desta escolha é o desenvolvimento de centros de dados, uma área diferente do negócio original e que tem apoiado a tecnológica liderada por Jensen Huang a atingir receitas recorde.

A Abercrombie & Fitch ficou na segunda posição devido a uma valorização de 128% nos últimos meses e ao crescimento de 134% do lucro líquido, que superou o consenso de Wall Street em seis trimestres consecutivos. Além disso, destaca-se por estar em contraciclo com a generalidade do setor do vestuário.

O terceiro lugar destes prémios fictícios foi entregue à Meta de Mark Zuckerberg, que tem mesmo alcançado as suas metas após a reestruturação que inclui milhares de despedimentos. Ao desenvolver novas formas de recolha de informação (motor de busca integrado nas apps) e melhorar a precisão dos anúncios, a dona do Facebook recuperou e aumentou a margem operacional para 38% no primeiro semestre e quase duplicou os lucros.

“O fluxo de caixa livre estabilizou-se acima dos 10 mil milhões de dólares [9,2 mil milhões de euros] por trimestre, o que permitirá continuar a investir em ferramentas de IA para a sua família de aplicações e até aumentar a remuneração dos acionistas”, defende a XTB. Esta semana, tal como outras concorrentes da tecnologia, a Meta irá apresentar os resultados do terceiro trimestre.

Quais os critérios para esta escolha?

A evolução dos resultados económicos nos últimos 12 meses, nomeadamente o crescimento mínimo do lucro por ação e do lucro líquido de 70% nesse período, o retorno sobre o capital investido, a dívida líquida em relação ao EBITDA e o desempenho das ações em bolsa. A capitalização de mercado mínima analisada foi de 700 mil milhões de euros.

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