O Juntos Pelo Povo (JPP) considera que a redução da tarifa do subsídio de mobilidade para as ligações aéreas entre a Madeira e o território continental, em 10%, é “migalha e poeira” para os olhos dos madeirenses.
O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, afirmou que não irá ficar “sossegado” enquanto não descobrir o que anda a fazer o representante do Governo Regional no grupo de trabalho para a revisão do Subsídio Social de Mobilidade.
Isto surge depois do anúncio do primeiro-ministro, Luís Montenegro, domingo nos Açores, no encerramento do Congresso do PSD, da redução de 33% no preço da tarifa aérea para residentes e estudantes nas viagens entre as duas autónomas e de 10% para as viagens “entre a Região Autónoma dos Açores e o continente, e vice-versa“.
A força partidária salientou que sobre a Madeira, não houve “nem uma palavra” do líder do PSD nacional.
“O anúncio de Luís Montenegro foi difundido na comunicação social por volta das 14h00. Só às 18h00 é que o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, confirmou o que não havia sido garantido pelo chefe do Governo”, referiu o JPP.
“A Madeira também está abrangida pela redução de 10% da tarifa aérea máxima prevista no subsídio social de mobilidade para as ligações entre as regiões autónomas e o continente”, de acordo com clarificação de Eduardo Jesus recordada por Élvio Sousa.
Élvio Sousa diz que “não se percebe” como é que o primeiro-ministro anuncia “uma decisão que envolve as duas regiões autónomas, mas deixa a Madeira de fora e o secretário regional leva três horas a fazer uma simples clarificação”.
Para o dirigente do JPP, a redução de 10% na tarifa base é uma “migalha e poeira” para os olhos dos madeirenses, acrescentando que no “fundamental o Governo Regional esquiva-se sempre, que é o residente pagar apenas os 86 euros e os estudantes 65 euros. Está difícil o Governo Regional perceber esta questão simples”.
Élvio Sousa considera que os madeirenses “desejam apenas isso, e é importante sabermos, sobre esta questão específica, o que faz o representante do governo no grupo de trabalho”.
O dirigente partidário acrescentou que o secretário da Economia, Turismo e Cultura afirmou que a decisão de reduzir 10% a tarifa base para a Madeira “foi tomada na última semana”, sublinhando que “alguma coisa não bate certo nesta comunicação”.
Élvio Sousa acrescentou que se o secretário da Economia, Turismo e Cultura “já tinha essa informação há uma semana, precisa de três horas para vir a público prestar esclarecimentos? Essa falta de rigor levanta a questão de se saber, novamente, o que anda a fazer o representante da Região no grupo de trabalho porque parece que foi ultrapassado pelo primeiro-ministro”.
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