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Prémio Literário Fernando Namora Estoril Sol 2024 distingue Hugo Gonçalves

O prémio que já distinguiu autores como António Lobo Antunes, João Tordo e Lídia Jorge, na edição de 2024 é atribuído ao romance “Revolução” e ao seu autor, Hugo Gonçalves.
© Revista Amar
31 Outubro 2024, 16h06

Hugo Gonçalves é o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora Estoril Sol, um dos mais importantes galardões da literatura nacional, atribuído anualmente desde 1989, pela Sociedade Estoril Sol, a uma obra de ficção de autoria portuguesa.

“Revolução” pode ser visto como um romance tragicómico que versa sobre a liberdade e as relações familiares, sobre as escolhas que nos definem e as omissões que nos revelam. Hugo Gonçalves – autor nomeado para os prémios Oceanos e P.E.N. Clube – cruza os destinos de uma família com a cronologia desenfreada de um país à beira da guerra civil, pintando um fresco magistral de uma época irrepetível da nossa História. E fá-lo acompanhando a família Storm, serpenteando tempo fora, desde o desmoronar do império ao despertar da democracia, passando pelos intensos meses do PREC, retratando os medos e os anseios que dividiram os portugueses.

O júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, justificou assim a sua escolha. “Com um estilo direto, fluído e comunicativo e com uma linguagem que se alia à expressão do tempo e dos seus atores sociais, «Revolução» é um livro que se impõe literariamente, graças ao modo como liga “pontas soltas” da história portuguesa recente, mantendo sempre, no entanto, o desenho narrativo de personagens contraditórias, heroicas ou trágicas, fortes ou fracas, e cujos perfis interpelam e comentam os leitores atuais do romance e as suas respetivas posições ideológicas”.

Já Clara Capitão, diretora editorial do PRH Grupo Editorial Portugal, salienta que “A atribuição do Prémio Literário Fernando Namora a «Revolução» confirma o que pressenti como editora deste livro: que é um dos romances mais ambiciosos das últimas décadas a versar sobre a história contemporânea de Portugal. Através de uma poderosa saga familiar, Hugo Gonçalves cria um fresco impressionante da segunda metade do século XX, com o 25 de Abril no epicentro.”

Entre os premiados, encontram-se nomes como Afonso Cruz, António Lobo Antunes, Gonçalo M. Tavares, João Tordo, José Eduardo Agualusa, Lídia Jorge e Teresa Veiga.

A Companhia das Letras, editora do romance agora premiado, “Revolução”, também publicou “O coração dos homens”, “Enquanto Lisboa arde, o Rio de Janeiro pega fogo”, “Filho da mãe” (finalista dos prémios P.E.N. Clube e Fernando Namora) e “Deus Pátria Família” (semifinalista do prémio Oceanos).

Hugo Gonçalves (1976), jornalista premiado, colaborou com: Expresso, Visão, Jornal de Notícias, Diário Económico, Sábado. No Diário de Notícias, assinou as crónicas Postais dos Trópicos e Máquina de escrever. Coautor e guionista das séries televisivas País Irmão e Até que a vida nos separe (RTP), e de Rabo de Peixe (Netflix), foi correspondente de diversas publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou como editor literário. Integra, também, o grupo de criadores do podcast “Sem barbas na língua”.

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