Quase uma em cada quatro (23%) empresas portuguesas registaram incumprimentos significativos. A inflação continua a ser o um fator determinante no que respeita a gerar dificuldades, mas foi ultrapassada na liderança pelo impacto dos custos financeiros.
As conclusões decorrem do estudo Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e Iberinform, e foram enviadas às redações esta terça-feira. Na realização da análise foram inquiridos quase 300 empresários de diferentes dimensões e setores.
Em causa está um agravamento da situação, na ordem de 4 pontos percentuais (p.p.) face ao observado em 2023, quando 19% registaram incumprimentos significativos.
Entre os fatores que mais contribuem para este contexto, o peso da inflação recua 28 p.p. em termos homólogos, já que 42% das empresas indicam aquele fator como desestabilizador do comportamento de pagamento e solvência. Ao mesmo tempo, o impacto dos custos financeiros contraiu 15 pontos mas saltou para a primeira posição, apontado por 43% dos empresários.
A fraca evolução da procura não era um elemento significativo há apenas um ano mas ganhou força em 2024 e atingiu 34% das empresas. Seguem-se as tensões geopolíticas (23%) e os problemas na cadeia de abastecimento (15%).
Simultaneamente, 56% dos empresários esperam um aumento do volume de faturação em 2024, ao mesmo tempo que 53% apontam a um acréscimo no lucro. Por outro lado, são esperadas quedas na faturação em 16% das empresas e na rentabilidade em 19%.
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