Aproxima-se o pico dos descontos de novembro e a Revolut decidiu fazer numa radiografia às motivações dos consumidores para fazer compras nesta época de descontos, que antecede o Advento e o Natal, tendo concluído que 15% dos portugueses, sobretudo da geração Z, utilizam a Black Friday para se mimar a si próprios – uma espécie de treat culture (“cultura do mimo”) que se baseia na compra de pequenos prazeres.
“Esta cultura existe há muito tempo, mas tornou-se uma tendência nas redes sociais recentemente e consiste no ato de se entregar a prazeres pequenos e baratos como recompensa por ter feito algo ou simplesmente pela felicidade do momento”, explica a Revolut, em comunicado divulgado esta quinta-feira. Em Portugal, a geração entre os 18 e os 24 anos é a mais propensa a mimar-se nesta Black Friday, portanto o neobanco acredita que este é um fenómeno geracional.
Ainda que um em cada dez portugueses (nostálgicos) acredite que já não existem grandes negócios na Black Friday como existiam no passado, a maioria (74%) acha que é uma boa ocasião para se fazerem compras “interessantes”. Aliás, 3% dos participantes até admite cartão de crédito ou pedir um empréstimo.
Quase metade da amostra (47%) pretende aproveitar a Sexta-Feira Negra para encontrar descontos em produtos que habitualmente não compram por serem demasiado caros. Outra das razões é a compra de produtos que até compram durante o ano, mas estão mais baratos (42%), a aquisição de presentes de Natal (36%) e abastecimento de produtos de primeira necessidade, como detergentes para a casa ou produtos de higiene (11%).
As lojas físicas são a principal escolha para 53% dos inquiridos. “A principal razão para o fazer é obter o produto imediatamente (34% da amostra) sem esperar pela sua entrega, que pode demorar mais tempo do que o habitual durante as semanas da Black Friday. O segundo motivo para escolher lojas físicas é a possibilidade de experimentar e ver os produtos pessoalmente (16%) e não ter de se preocupar com devoluções ou tamanhos errados. Há também 8% dos inquiridos que preferem apoiar os proprietários das lojas, especialmente as mais pequenas”, explica a fintech britânica.
O inquérito, encomendado pela Revolut, foi realizado em outubro pela Dynata e incluiu uma amostra de 21 mil pessoas, das quais mil em Portugal, representativos da população com mais de 18 anos em Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chéquia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Roménia, Eslováquia, Espanha, Suíça e Reino Unido, além de Portugal.
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