De acordo com um estudo da Iberinform, filial da Crédito y Caución, registou-se um aumento de 6% no número de insolvências no acumulado do ano, em Portugal, apesar da queda de 3,5% em outubro face ao período homólogo do ano passado.
As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas no país sofreram um crescimento significativo de 29% nos primeiros dez meses de 2023, totalizando 729 pedidos, o que representa mais 164 do que no período homólogo do ano anterior.
Por sua vez, as insolvências requeridas por terceiros também subiram, com um incremento de 24%, somando 650 processos.
Além disso, os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 33%, totalizando 44 processos.
Os distritos do Porto e Lisboa mantêm-se como os mais afetados, com 779 e 727 insolvências, respetivamente. Comparativamente ao ano passado, o Porto registou um aumento de 16%, enquanto Lisboa teve um acréscimo de 5%.
Os distritos que mais acentuadamente aumentaram as insolvências até final de outubro foram Évora (+62%), Guarda (+61%) e Bragança (+62%). Em contraste, a Horta (-57%) e a Madeira (-32%) destacam-se com as maiores quedas.
Nos setores de atividade, os maiores aumentos de insolvências ocorreram nas áreas da Eletricidade, Gás e Água (+120%), Indústria Transformadora (+21%) e Hotelaria e Restauração (+7%). O setor da Indústria Extrativa apresentou a maior diminuição, com um decréscimo de 13%.
Constituição de novas empresas com queda de 28%
Em termos de constituição de novas empresas, o mês de outubro registou uma queda acentuada de 28% em comparação com 2023, com um total de 3.052 novas empresas criadas, menos 1.155 do que no ano anterior. O acumulado do ano demonstra que foram constituídas 42.170 novas empresas, o que representa uma diminuição de 1.501 (-3,4%).
O distrito de Lisboa continua a liderar em novas constituições, com 13.257 empresas (-10%), seguido pelo Porto, que contabiliza 7.189 empresas (-3%). Os maiores decréscimos na criação de novas empresas foram observados em Beja (-17%) e Vila Real (-12%), enquanto a Horta (+45%) e Viana do Castelo (+20%) registaram os maiores aumentos.
Os setores que até final de outubro apresentaram variação positiva na constituição de novas empresas incluem Telecomunicações (+49%), Indústria Extrativa (+27%) e Construção e Obras Públicas (+6%). Por outro lado, setores como Transportes (-24%) e Comércio por Grosso (-12%) evidenciam variações negativas significativas.
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