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Governo de Trump: Pentágono é o próximo alvo

As escolhas para a nova administração Trump são tão polémicas como foram as de 2016. Presidente eleito é acusado de se rodear de fiéis sem qualquer preparação nem perfil para os cargos que vão ocupar.
16 Novembro 2024, 08h00

No dia em que ficou claro que os republicanos conseguiram juntar a maioria na Câmara dos representantes à maioria no Senado, Donald Trump parece apostado em juntar mais um alvo à sua tentação de hegemonia do poder: o Pentágono. A estrutura militar, extremamente consolidada, poderá vir a ser alvo de uma espécie de purga no sentido de aproximar altas patentes fiéis a Trump do topo da sua liderança e, a acreditar na comunicação social norte-americana, já há uma lista de demissões. A ‘tentação’ afigura-se muito perigosa – entre outras razões, dizem os críticos, porque pode colocar em causa a estrutura de comando, com as evidentes implicações que isso pode ter em termos de segurança nacional.

Brincar com o fogo
Mais: o Pentágono é a estrutura que assegura o financiamento (mal) escondido de várias empresas – nomeadamente as tecnológicas – que trabalham diretamente para a defesa. O ‘poço sem fundo’ do orçamento para a estrutura militar – que equivale aos financiamentos estatais que Washington constantemente reclama como uma prática ilegal do governo chinês – é crítico para manter em funcionamento a segurança da federação. E qualquer mexida nos seus equilíbrios pode colocar em causa todo o edifício laboriosamente construído há décadas.

Seja como for, a ‘entourage’ de Trump, membros da equipa de transição, estarão a elaborar uma lista de oficiais militares a serem demitidos, que poderá chegar ao nível do Estado-Maior Conjunto. Recorde-se que, no passado, o presidente eleito tenha verbalizado fortes críticas aos líderes do Pentágono que alinharam nas reservas à sua atuação – nomeadamente no que teve a ver com o ‘assalto’ ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021. A muito atabalhoada retirada das tropas do Afeganistão – que aconteceu quando Trump estava em final do primeiro mandato – foi também alvo de muitas críticas do homem que agora regressa à Casa Branca.

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