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Quatro meses depois, partidos não se entendem sobre a nova Comissão Europeia

Até que ponto a agenda pessoal do presidente eleito dos Estados Unidos vai proporcionar à extrema-direita europeia um contexto propício à imposição das suas agendas nacionais – e nacionalistas? Jaime Nogueira Pinto e Francisco Seixas da Costa não parecem ter dúvidas sobre a matéria. Que é o mesmo que dizer que os interesses europeus estão em suspenso.
16 Novembro 2024, 09h00

A resposta é ‘sim’. Como não podia deixar de ser. “A vitória da dupla Trump/Vance, secundada por uma vitória republicana no Congresso dos Estados Unidos, onde o partido (o GOP) passa a ter maioria no Senado e na Câmara de Representantes, não pode deixar de ter repercussões positivas para os movimentos e partidos nacionais conservadores e nacionais populistas na Europa e nas Américas. Isto não só por os Estados Unidos serem a primeira potência mundial, mas também porque, em muitos pontos, as situações político-económicas e sociais são paralelas”, adianta ao JE o analista Jaime Nogueira Pinto.

O embaixador Francisco Seixas da Costa tem opinião semelhante – com uma ressalva, a agenda de Donald Trump “é uma agenda de extrema-direita”: “os Estados Unidos são a maior potência mundial sob o ponto de vista militar e sob o ponto de vista económico” e por isso qualquer vitória presidencial “tem consequências objetivas. Trump vai tentar influenciar os seus parceiros, nomeadamente na Europa, sabendo nós que tem um particular interesse em cultivar as autocracias”.

E nessa ‘tentação’, algum trabalho já foi feito, segundo Nogueira Pinto: “do ponto de vista do combate cultural é difícil encontrar uma dupla tão representativa do wokismo como a formada por Kamala Harris e Tim Walz: ambos defensores do aborto até ao momento do parto; ambos advogados das operações de mudança de sexo à vontade de crianças e adolescentes, sem consentimento dos pais. Também foi muito importante nesta matéria o fracasso de toda a legião de ‘personalidades’ de Hollywood, patrocinadoras da candidatura democrática, mostrando que os americanos não se deixam influenciar por essas celebridades, como ainda, provincianamente, acreditavam os comentadores e ‘influencers’ nacionais”.

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