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Black Friday: Nem todas as promoções são poupança, alerta Deco

será que as semanas de “preços loucos”, as campanhas até 50 % de desconto, a semana da sexta-feira negra ou as promoções mais baixas de sempre, representam oportunidades únicas de compra? Informe-se antes de decidir comprar, aconselha a associação de defesa do consumidor.
27 Novembro 2024, 13h17

Aproxima-se mais uma Black Friday, a mais famosa promoção da atualidade que, em conjunto com outras vendas com redução de preço, marca as semanas que antecipam o período de Natal.

Mas será que as semanas de “preços loucos”, as campanhas até 50 % de desconto, a semana da sexta-feira negra ou as promoções mais baixas de sempre, representam oportunidades únicas de compra?

Informe-se antes de decidir comprar

O «preço mais baixo anteriormente praticado» é o preço mais baixo a que o produto foi vendido, fora de eventuais períodos de saldo ou de promoção, nos 90 dias anteriores ao dia em que é posto à venda em saldo ou em promoção. Já a «percentagem de redução» é relativa ao preço mais baixo anteriormente praticado ou, tratando-se de um produto não comercializado previamente naquele estabelecimento respeita ao preço a praticar após o período de redução. Na venda com redução de preço deve ser indicada de modo inequívoco, a modalidade de venda, o tipo de produtos, a respetiva percentagem de redução, bem como a data de início e o período de duração.

Nem todas as promoções são poupança

Promoção, como seja “pague 2 e leve 3”, pode ser uma falsa ação de poupar, desde logo porque pode nem estar a precisar desses produtos e comprá-los por impulso só por ter preço em promoção poderá ser sinónimo de gasto excessivo.  Antes de comprar estes artigos, verifique também a data de validade e pondere se efetivamente vale a pena adquirir.

Leia primeira e atentamente os folhetos promocionais. Embora os descontos possam ser uma oportunidade para poupar dinheiro, há que ser crítico na escolha. Verifique se o preço compensa – por vezes preços de marca branca ou mesmo de produtos que não estão em promoção são opções ainda mais baratas – se precisa efetivamente do produto, analise as dimensões das embalagens e não se esqueça de confirmar se o valor registado na caixa corresponde ao anunciado.

Se preferir comprar à distância, via internet, esteja preparado para enfrentar centenas de anúncios de ofertas imperdíveis. Desde a oferta de portes e outras despesas à compra de um artigo com 70% de desconto tudo parece ser uma oportunidade única. Porém, muitas lojas online impõem um limite mínimo de compras para oferecer os portes de envio, levando o consumidor a gastar mais do que planeado na sua compra inicial para não ter de suportar os custos de entrega. É o caso paradigmático do barato sai caro, por exemplo: o limite mínimo para poder usufruir dos portes de envio gratuitos é de €30 e o a sua compras é de €20. Se o custo de envio for €5 não poupara nada em gastar mais €10 noutro produto, que, talvez, nem seja imprescindível.

O que deve ainda saber sobre descontos, promoções e reduções de preço

Os problemas mais comuns neste tipo de compra relacionam-se com as trocas de bens, sobretudo se aproveitou a campanha de saldos ou redução de preço para comprar presentes. O consumidor deve saber que o comerciante não é obrigado a trocar os artigos vendidos, a maioria efetua a troca por cortesia. Nada como dialogar com o comerciante e informar-se sobre a sua política de trocas ou devoluções.

E SE AS COMPRAS NÃO CORREREM BEM?

Reclame! Faça valer os seus direitos. Deve sempre reclamar por escrito e para tal pode usar o livro de reclamações do estabelecimento comercial. Tem ainda a possibilidade de recorrer à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica – ASAE e conte sempre com a DECO.

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