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Coligação Confiança anuncia voto contra Orçamento do Funchal

“Apesar de ser o maior Orçamento de sempre, com o arrecadar recorde de receitas oriundas de impostos, este não vai além uma lista de promessas recicladas, metas irrealistas e políticas inconsequentes”, disse a Coligação Confiança sobre a proposta de Orçamento Municipal do Funchal para 2025.
29 Novembro 2024, 18h52

A Coligação Confiança anunciou que vai votar contra o Orçamento Municipal do Funchal, considerando que a proposta é “uma prova cabal do insucesso e desnorte” por parte do executivo do PSD.

“Apesar de ser o maior Orçamento de sempre, com o arrecadar recorde de receitas oriundas de impostos, este não vai além uma lista de promessas recicladas, metas irrealistas e políticas inconsequentes. A execução financeira deficiente revela-se na forma como as promessas de habitação acessível e as verbas alocadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) parecem mais um exercício de retórica do que um compromisso genuíno com a execução real”, disse a vereadora da Coligação Confiança, Cláudia Dias Ferreira.

“A promessa de construção de 180 fogos habitacionais, que permanece em suspenso desde 2021, ilustra bem a falta de seriedade com que a questão da habitação tem sido tratada. Anuncia-se, igualmente, uma verba de 33,7 milhões de euros destinada ao PRR, quando o atual executivo tem dado mostras de ser incompetente na sua implementação prática. Essa falta de iniciativa tem repercussões diretas sobre a qualidade de vida dos cidadãos, particularmente aqueles que enfrentam problemas sociais sérios”, sublinhou a vereadora da Coligação Confiança.

A Coligação Confiança considerou também que as promessas sobre a requalificação dos bairros sociais “são fantasmas que assombram” todos os orçamentos desde 2021.

“A falta de ação concreta é um atropelo aos direitos básicos dos cidadãos, que merecem habitação digna e condições de vida adequadas. Além disso, o adiamento constante de obras fundamentais revela a falta de compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos munícipes”, salientou a força partidária.

A vereadora da Coligação Confiança criticou ainda as devoluções fiscais, que “sacrificam investimentos essenciais” em áreas críticas como a saúde, cultura, educação e a habitação.

A Coligação Confiança considera que obras prioritárias como a requalificação da ETAR no Lazareto, “continuam a ser alvo de adiamentos, evidenciando uma preocupante falta de ação e compromisso” por parte da gestão atual.

“É inaceitável que um assunto tão sério continue a ser ignorado”, disse a vereadora da força partidária.

“Os aumentos anunciados em apoio social não correspondem às necessidades concretas enfrentadas pelas freguesias do Funchal, subestimando gravemente as dificuldades que a população enfrenta diariamente. A questão da mobilidade, juntamente com outras problemas estruturais, permanece sem uma solução à vista, o que atesta a inépcia do atual executivo em promover a satisfação das necessidades das populações. Medidas avulsas, como a introdução de vouchers de táxi para os idosos, revelam-se soluções superficiais que apenas servem para acalmar a consciência pública, sem resolver problemas estruturais, como a habitação e a mobilidade”, disse Cláudia Dias Ferreira.

A Coligação Confiança diz rejeitar o Orçamento apresentado pelo executivo do Funchal e defendeu que é preciso uma “gestão responsável e orientada” para o futuro.

“É caso para afirmar que a gestão deste executivo não apenas falha em cumprir o prometido, mas perpetua uma visão que ignora a verdadeira essência da política: o compromisso com a população. Como já dissemos, o que de mais positivo se pode extrair deste orçamento é que será o último deste executivo”, disse Cláudia Dias Ferreira.

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