“Não confiamos em Albuquerque e no PSD”: PS mostra-se indisponível para negociar Orçamento da Madeira

O presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, mostrou-se indisponível para negociar com o PSD, a proposta de Orçamento Regional, para 2025, isto depois do secretário regional da Educação, Ciência, e Tecnologia, Jorge Carvalho, ter afirmado que o executivo estava disponível para negociar o Orçamento com a oposição.

Cafôfo referiu que os socialistas não confiam no presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque e no PSD, e afirmou que a força partidária não vai negociar com aqueles em quem não confiam.

O dirigente socialista considerou que o “lugar certo” para discutir o Orçamento é na Assembleia da Madeira, recusando desta maneira participar em reuniões de negociação com o executivo.

Cafôfo acrescentou que é no Parlamento que pretende debater a proposta de Orçamento para 2025, e afirmou que cabe aos partidos que viabilizaram o executivo, liderado por Miguel Albuquerque, a responsabilidade de aprovar o Orçamento Regional.

Cafôfo referiu que o PS não aprovou nem o Programa de Governo nem a proposta de Orçamento para 2024.

O presidente do PS sublinhou que a rejeição dos socialistas se deveu a fatores como os processo judiciais que estão em curso e que envolvem membros do Governo da Madeira, e também por acreditar que o programa que foi apresentado pelo executivo “não apresentar as medidas que se impõem para resolver os problemas” dos madeirenses e porto-santenses, e também por Miguel Albuquerque “nunca ter cumprido aquilo que prometeu” nos sucessivos Programas de Governo, para além de “não ter executado” os Orçamentos aprovados no Parlamento.

Cafôfo salientou que na discussão do Orçamento Regional para 2024, o PS absteve-se na votação na generalidade, “apresentando propostas de alteração e dando o benefício da dúvida ao PSD para que as acolhesse, mas todas elas foram chumbadas, o que revela que o PSD nunca quis saber do PS”.

Face a este historial, salientou Cafôfo, “se o Governo Regional agora está aflito, tem de se entender com os partidos com os quais fez acordos e negociou a integração de propostas no Programa de Governo”, acrescentando que “esses partidos é que têm de aprovar o Orçamento”, reforçando que “o PS não confia em Miguel Albuquerque e no PSD e não negocia com aqueles em quem não confia”.

Cafôfo referiu que os socialistas mantêm ainda a sua intenção de votar a favor da moção de censura ao Governo de Miguel Albuquerque, cuja discussão está marcada para 17 de dezembro, depois da discussão do Orçamento (9 e 12 de dezembro.