[weglot_switcher]

Digitalização e formação são prioridade de investimento na investigação clínica

A transformação digital destes centros de investigação está também em fase avançada, com 42% dos inquiridos a considerar que o seu nível de digitalização é elevado ou muito elevado.
médicos
2 – Médicos de família e de clínica geral
9 Dezembro 2024, 08h45

Os centros de investigação clínica continuam, como não poderia deixa de ser, a estar a par das novas tecnologias e veem na digitalização uma forma de avanço. O barómetro de Inovação Clínica em Portugal da consultora NTT Data mostra que os centros de investigação clínica consideram que as suas prioridades estratégicas estão concentradas na capacitação das equipas (77%) e desmaterialização de processos (71%), sendo estas as mesmas áreas que recolhem maior investimento financeiro e não financeiro, 71% e 60%, respetivamente.

A transformação digital destes centros de investigação está também em fase avançada, com 42% dos inquiridos a considerar que o seu nível de digitalização é elevado ou muito elevado. Do ponto de vista contrário, 29% considera que o seu nível de digitalização é baixo ou muito baixo.

Sobre as suas prioridades tecnológicas, os centros destacam a necessidade de plataformas de gestão dos processos de ensaios clínicos (68%) e a integração dos sistemas a nível local (62%).

No entanto, há também desafios. O barómetro revela que 68% dos inquiridos entende que o papel dos centros de investigação clínica não é reconhecido pela sociedade, ao contrário do que acontece com as Administrações Hospitalares, que são bastante reconhecidos e valorizados. O estudo da NTT Data considera que este facto se deve ao reduzido investimento na promoção da literatura em saúde da população.

Elevada autonomia em estratégia, mas baixa em contratação e incentivos

A maioria dos centros de investigação clínica (68%) considera ter autonomia elevada ou total no que refere à definição da estratégia e indicadores de desempenho. No entanto, o mesmo não acontece na contratação de recursos e atribuição de incentivos a profissionais, com 91% dos centros inquiridos a revelar autonomia reduzida neste tópico.

Por sua vez, 83% dos inquiridos sustenta que o tempo protegido para investigação é uma prioridade urgente, embora esta dimensão encontre entraves financeiros e operacionais, dificultando a criação de condições adequadas para atrair e reter talento.

O barómetro indica ainda que 40% das entidades não está confiante que o novo enquadramento legado dos centros venha a ter impacto no grau de autonomia das instituições.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.