O Índice de Preços dos Alimentos da FAO, que monitoriza os preços de cinco categorias alimentares principais — grãos, carne, laticínios, óleos vegetais e açúcar—subiu 5,7% em novembro. Esse aumento foi principalmente impulsionado pela alta nos preços dos óleos vegetais e dos lacticínios, ainda que se situem 20,4% abaixo do pico registado em março de 2022.
De janeiro a outubro, os óleos vegetais tiveram o maior aumento de preços, devido ao aumento nos preços do óleo de palma, soja, girassol e colza. O aumento dos laticínios seguiu impulsionado pelos preços mais altos de queijo e manteiga. Por outro lado, a categoria de cereais, que inclui trigo e arroz, registrou uma queda, tal como os preços do açúcar. Os analista atribuem essas flutuações nos preços a fatores do lado da oferta, como condições climáticas e desafios no transporte.
Óleos
Os preços dos óleos vegetais devem aumentar significativamente no próximo ano devido às tempestades que se abateram sobre a Indonésia, um dos maiores produtores mundiais.
Carne
Os preços da carne bovina aumentaram devido à seca nas planícies do sul dos Estados Unidos, que “reduziu severamente” o rebanho de gado, afirmou Stephen Nicholson, estratega do banco Rabobank.
Café e cacau
Os mercados de açúcar, café e cacau enfrentam maior incerteza nos preços em comparação com outras commodities, afirmou o analista de commodities da BMI, Matthew Biggin.
Frutas e vegetais
Uma categoria que seria “fortemente impactada” pelas políticas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, seriam as frutas e vegetais, afirmou Bradley Rickard, professor de economia alimentar e agrícola na Charles H. Dyson School of Applied Economics and Management.
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