Descida da dona da Zara tomba Madrid em dia de ganhos. Seguem-se os juros do BCE
As principais bolsas europeias registaram um sentimento positivo na sessão desta quarta-feira, à exceção de Espanha. A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência, a beneficiar sobretudo das subidas da Mota-Engil e Jerónimo Martins. Nas próximas horas, o destaque vai para a reunião do BCE, da qual sairá nova decisão sobre a política monetária.
O índice PSI adiantou-se 0,21% e alcançou os 6.356 pontos. Em terreno positivo, destaque para a valorização de 3,17% na Mota-Engil, cujas ações alcançaram os 2,736 euros. Ao mesmo tempo, a Jerónimo Martins adiantou-se 1,73% e alcançou os 18,77 euros, enquanto a Altri ganhou 1,45% para 5,235 euros.
Em sentido contrário, a EDP Renováveis tombou 2,30% e os títulos ficaram-se pelos 10,00 euros.
Lá fora, a generalidade das principais praças europeias registaram ganhos, depois de a inflação nos EUA em novembro ter correspondido às perspetivas que existiam no mercado, com uma subida homóloga de 2,7%. Em simultâneo, está em causa uma aceleração de 0,1 pontos percentuais face a outubro (leitura de 2,6%).
De qualquer modo, as subidas foram pouco expressivas (à semelhança do que aconteceu em Lisboa), em função da expetativa dos investidores pela decisão do BCE em matéria de política monetária, já esta quinta-feira.
Itália liderou o sentimento, ao ganhar 0,54%. Seguiram-se incrementos de 0,41% na Alemanha, 0,39% em França, 0,25% no Reino Unido e 0,16% no índice agregado Euro Stoxx 50.
Por outro lado, Espanha tombou 1,45%, sobretudo em virtude da queda de 6,58% nas ações da Inditex. O grupo, que detém marcas como Zara, Stradivarius ou Massimo Dutti, entre outras marcas de retalho, apresentou os resultados do terceiro trimestre do exercício fiscal em curso, com números que desiludiram os mercados.
Esta quinta-feira, os investidores vão estar de olho na reunião do BCE, na qual vai ser tomada uma decisão a respeito dos juros. Segundo as expetativas que existem nos mercados, a última reunião de 2024 entre aqueles responsáveis deverá resultar num corte de 25 a 50 pontos base nas taxas de juro de referência.
