A atividade na zona euro até melhorou marginalmente em dezembro, mas mantém-se em queda, castigada pelo setor industrial. Ao mesmo tempo, as expectativas de preços de venda voltaram a acelerar, reforçando a preocupação com um ressurgimento da inflação, e o nível de emprego recuou, levantando dúvidas quanto ao principal suporte da zona euro nos últimos trimestres, o mercado laboral.
O índice de gestores de compras (PMI) composto para a zona euro subiu de 48,3 para 49,5 em dezembro, contrariando a expectativa de uma leitura constante em 48,3, mas com uma subida insuficiente para sinalizar o regresso à expansão da atividade (acima de 50 pontos). Mais uma vez, a recessão do lado industrial agravou-se, com o indicador a cair ainda mais para 45,2 e o referente à produção a tocar mínimos de um ano, com 44,5.
Também mais uma vez, as duas maiores economias da zona euro foram as principais responsáveis por esta dinâmica negativa, transpondo as suas dificuldades no setor industrial para o bloco europeu como um todo.
Os serviços até conseguiram ficar acima de 50 pontos, com 51,4 após a leitura de 49,5 em novembro, dando algum fôlego ao bloco da moeda única, mas insuficiente para evitar que o indicador composto ficasse em terreno de contração da atividade.
Com a procura a continuar a recuar, as empresas ajustaram em baixa expectativas de venda e, por arrasto, de emprego, levando o subíndice referente ao mercado laboral a registar novo mínimo desde novembro de 2020 e sinalizando um provável abrandamento do emprego.
Por outro lado, os subíndices de preços voltaram a subir, tanto do lado das vendas, como dos custos dos inputs, mas em linha com taxas de inflação em valores pré-pandémicos.
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