[weglot_switcher]

Entrevista Gilles Lipovetsky: Preparar as paixões de amanhã sem diabolizar a tecnologia

A Europa tem de garantir a sua defesa e investir seriamente em I&D, frisa o filósofo francês Gilles Lipovetsky nesta conversa com o JE. Lembra ainda que é o ser humano quem comanda, “a tecnologia limita-se a responder às nossas perguntas”. Logo, temos de fazer boas perguntas.
22 Dezembro 2024, 16h00

“Sou a favor de uma Europa política, mas é óbvio que o projeto federal se afigura, neste momento, extremamente difícil”. O filósofo e sociólogo francês Gilles Lipovetsky não desiste de procurar entender a sociedade em que vivemos, assim como as grandes correntes que a vão moldando. A Europa não conseguiu afirmar-se como gigante económico nem superar o estatuto de anão político em que se transformou. Não se vê como politólogo, mas aceitou partilhar com o Jornal Económico a leitura que faz da Europa atual. Sem descurar o peso da História, amiúde desvalorizado.

“Num certo sentido, é uma utopia, uma vez que se trata de nações antigas, de estados soberanos há milhares de anos. Falamos de 27 nações cuja História é muito diferente, com graus de desenvolvimento económico distintos. Isso é um facto perfeitamente inteligível”, diz, antes de uma breve pausa, semblante concentrado. Na melhor das hipóteses, “poderíamos ambicionar ser uma confederação, à imagem da Suíça”. Mas importa lembrar que há caminhos divergentes no seio da Europa. “Basta pensar na guerra na Ucrânia. Países como a Hungria, por exemplo, são muito próximos da Rússia, e outros não. Há países a favor da soberania estratégica e outros que querem estar sob a proteção dos Estados Unidos”, conclui.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.