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Mercado de cuidados de saúde em Portugal com crescimento de 50% desde 2016

Dados oficiais da CBRE Portugal revelam que o montante gasto pelos portugueses em cuidados de saúde aumentou significativamente, atingindo 26,5 mil milhões de euros em 2023, o que representa 10% do PIB nacional.
9 Janeiro 2025, 16h07

De acordo com o estudo “Portuguese Healthcare and Senior Living”, divulgado hoje pela CBRE Portugal, o setor das residências séniores e cuidados de saúde em Portugal tem demonstrado um dinamismo crescente, apresentando diversas oportunidades de investimento.

Os dados oficiais revelam que o montante gasto pelos portugueses em cuidados de saúde aumentou significativamente, atingindo 26,5 mil milhões de euros em 2023, o que representa 10% do PIB nacional. Este valor corresponde a um crescimento de 50% em relação a 2016.

Dentro deste montante, os cuidados em ambulatório, que não requerem internamento, representaram 46% do total gasto pelas famílias, resultando numa despesa per capita de 1.074 euros.

Atualmente, Portugal conta com 243 hospitais, que somam mais de 36 mil camas, com o setor privado a desempenhar um papel crucial, representando 54% da oferta hospitalar. Isto equivale a 131 hospitais com cerca de 11.700 camas.

Após um período de estabilidade entre 2014 e 2017, o número de hospitais aumentou 8%, com a abertura de 18 novas unidades, das quais apenas uma foi desenvolvida pelo setor público.

No que diz respeito à operação privada, 35% das camas estão sob a gestão de cinco principais operadores: Trofa Saúde, Luz Saúde, José de Mello, Lusíadas e Grupo HPA Saúde.

A atratividade do investimento no setor dos cuidados de saúde é reforçada pelo rácio de camas por habitante. Enquanto na Europa este rácio é de 5,3 camas por cada mil habitantes, em Portugal situa-se nas 3,5 camas por mil habitantes.

José Moutinho, responsável pela área de research na CBRE Portugal, salienta que “a falta de camas no Serviço Nacional de Saúde é bastante severa, particularmente nos distritos de Lisboa e Porto.

Em 2023, existiam mais de 1.800 pessoas à espera de uma cama em cuidados continuados, e é previsível que este número venha a aumentar, o que exigirá um incremento significativo na oferta”.

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