A Maersk está a cair 4% em bolsa, depois de adiantar que não vai retomar a travessia do Mar Vermelho.
Em causa está o cessar-fogo acordado entre o Hamas e Israel, visto pelos investidores como algo que poderia levar a maior empresa de mercadorias do mundo a retomar a rota do Mar do Vermelho.
No entanto, a rota obriga a atravessar o Canal do Suez para ligar Ásia e Europa. Ora, de acordo com os responsáveis da empresa, o local ainda não é seguro, em virtude dos ataques dos rebeldes Houthi, que são uma ameaça naquela região.
Assim sendo, as embarcações da empresa têm que contornar o continente africano pelo sul do mesmo, numa viagem que duraria 36 dias, ao invés dos 26 dias que significaria atravessar o Mar Vermelho. Uma situação que acarreta custos adicionais para a Maersk e limita as respetivas margens.
A situação tem um impacto significativo sobre o comércio global, na medida em que, por norma, o Canal do Suez tem um peso de 15% no transporte de mercadorias à escala mundial.
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