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Mais de 90% das empresas europeias relataram incidentes de segurança da rede em 2024

Valores partilhados no relatório da Kaspersky, “Economia da Segurança de TI”. As ameaças à segurança da rede continuam a ser uma preocupação premente, com cibercriminosos a explorar vulnerabilidades para penetrar nas redes empresariais e causar danos em dados e aplicações sensíveis.
21 Janeiro 2025, 18h42

De acordo com o mais recente relatório da Kaspersky, “Economia da Segurança de TI”, 96% dos inquiridos europeus relataram ter enfrentado tentativas de infiltração em suas redes, com 75% dos participantes no inquérito a indicarem que um cibercriminoso tentou comunicar com sistemas comprometidos para os controlar.

Adicionalmente, cerca de 67% dos inquiridos reportaram incidentes em que os atacantes executaram código malicioso nas suas redes, e 64% detetaram tentativas de manipulação, interrupção ou destruição dos seus sistemas e dados.

As ameaças à segurança da rede continuam a ser uma preocupação premente, com cibercriminosos a explorar vulnerabilidades para penetrar nas redes empresariais e causar danos em dados e aplicações sensíveis.

Quando um cibercriminoso identifica um ponto fraco, utiliza-o para obter acesso não autorizado e instalar malware ou spyware, além de abrir portas para ataques de engenharia social.

Com a crescente digitalização e armazenamento de dados, a possibilidade de comprometer informações sensíveis também aumenta. A complexidade das ciberameaças é um dos principais fatores que contribuem para a sua prevalência.

Os cibercriminosos estão sempre a desenvolver novas táticas, desde esquemas de phishing e ataques de ransomware até DDoS e APTs, dificultando a proteção das empresas, salienta o relatório.

O aumento do trabalho remoto e das políticas BYOD (traga o seu próprio dispositivo) também trouxe desafios adicionais para a segurança das redes. O acesso a dados corporativos a partir de múltiplos locais e dispositivos aumenta o potencial para falhas de segurança, especialmente quando não existem protocolos adequados e formação para os colaboradores, sustenta o documento.

O erro humano é um desafio significativo, com 47% das empresas europeias a comunicarem incidentes nos quais os seus colaboradores, de forma consciente ou inconsciente, ajudaram cibercriminosos.

A falta de sensibilização e formação adequada sobre cibersegurança é uma das principais causas de falhas e fugas de dados. Os ataques de phishing, onde os profissionais clicam em hiperligações maliciosas, e as ameaças internas, onde dados confidenciais são divulgados, representam riscos consideráveis, refere o relatório da Kaspersky.

As consequências da negligência em cibersegurança podem ser severas, levando a perdas financeiras, danos reputacionais e repercussões legais, incluindo multas e ações judiciais.

Para mitigar esses riscos, a Kaspersky aconselha as empresas a investir em programas de sensibilização e formação em cibersegurança. Auditorias de segurança e monitorização regulares podem ajudar a identificar e resolver vulnerabilidades antes que sejam exploradas.

Em suma, a combinação de soluções tecnológicas robustas e formação proativa dos colaboradores é fundamental para proteger os dados e a reputação das empresas no atual panorama digital, defende a Kaspersky.

Este relatório baseia-se em entrevistas com profissionais de TI e segurança de TI de diversas dimensões e indústrias. O inquérito foi realizado em 2023 a 1.985 profissionais oriundos de 27 países, incluindo Brasil, França, Alemanha, Japão, Rússia, Reino Unido e EUA, entre outros.

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