Portugal deverá conseguir evitar o défice num futuro próximo apesar da estimativa do Banco de Portugal e do atual governador da instituição, Mário Centeno. A convicção é de Carlos Costa, antigo governador do banco central português, em entrevista ao programa “Ponto Central”, da Antena 1.
Para Carlos Costa, esta é uma expectativa mas também uma convicção. Desta forma, o antigo governador mostra desacordo com Mário Centeno. Recorde-se que no final do ano passado, o BdP previu que as contas públicas possam voltar a um resultado deficitário em 2025, de -0,1% do PIB, uma previsão que contraria a expectativa do Governo no OE2025 que antecipa um excedente de 0,3% do PIB.
Na altura, Mário Centeno definiu os riscos para a economia como “descendentes” e afirmou a necessidade de “haver uma reorientação da política orçamental” para “se ter mais cautela com a evolução da despesa pública”.
Um dos trunfos para que Portugal evite o défice preconizado pelo BdP, no entender de Carlos Costa, passa por uma reforma na administração pública: “Há uma reforma que está por fazer que o aumento da eficiência da administração pública de forma a poder fornecer os bens públicos a um custo menor. Há tarefas que vão ter que ser repensadas tendo em conta o surgimento de inovações como a Inteligência Artificial”, referiu o governador sobre a reforma da administração pública.
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