A condicionar o desempenho do índice PSI 20, que fechou ligeiramente negativo (-0,035% para 5.162,05 euros) estiveram sobretudo as ações da Navigator (-0,91% para 4,360 euros); da Galp (-1,05% para 14,585 euros); e da NOS (-1,41% para 5,235 euros).
A Galp desceu ainda que o preço do petróleo tenha apresentado uma trajetória ascendente. O Brent e o WTI permanecem perto dos máximos de três meses.
Em alta destacou-se a Corticeira Amorim que subiu 2,43% para 9,690 euros.
Hoje foi a vez da EDP Renováveis apresentar os seus resultados relativos a 2018, tendo as suas ações reagido com uma desvalorização de 0,12% para 8,265 euros. Em 2018 a EDP Renováveis apresentou lucros de 313,4 milhões, uma subida de 14% face ao ano anterior. O EBITDA contrai 5% para os 1,3 mil milhões, quando o consenso de analistas (dados Bloomberg) estimava 1,31 mil milhões de euros e as receitas descem 7% para os 1,697 mil milhões, quando o consenso de analistas tinha estimado 1,78 mil milhões de euros.
A empresa registou um ganho de capital de 109 milhões de euros com a venda da participação de 80% num portfolio de 499 MW nos EUA. O Conselho de Administração irá propor uma distribuição de dividendos de 0,07 euros por ação. No dia 12 de março, a empresa irá fazer uma atualização da sua estratégia para os próximos 4 anos, já que o objetivo traçado para o período entre 2016 e 2020 já foi ultrapassado.
A Jerónimo Martins, que apresentou lucros após o fecho do mercado (+4,1% para 401 milhões de euros), subiu 0,76% para 13,2 euros.
O BCP registou uma underperformance face aos bancos europeus que hoje subiram cerca de 1,50%. O banco liderado por Miguel Maya subiu 0,21% para 0,2342 euros.
Portugal recebeu hoje dados macroeconómicos. O indicador de Confiança dos Consumidores desceu em fevereiro, de -7,2 para -8,2, mas ainda assim continua em níveis historicamente elevados e acima da média dos últimos 50 meses. Já o indicador de Clima Económico melhorou em fevereiro, de 2,1 para 2,2 num mês.
De acordo com as recomendações da Comissão Europeia, Portugal apresentou alguns progressos. Mas a Comissão alerta para a manutenção de desequilíbrios na economia portuguesa. Bruxelas aponta a dívida pública e privada e o crédito malparado como fatores de vulnerabilidade num contexto fraco de crescimento da produtividade. A Comissão Europeia considera que o país precisa de acompanhamento no que toca à implementação de reformas orçamentais e estruturais. Portugal faz parte da lista de 13 países a quem Bruxelas fez recomendações neste sentido.
Em fevereiro de 2019, o Indicador de Sentimento Económico para Portugal registou um valor de 109,1 pontos, o que compara com 110,1 pontos verificado em janeiro de 2019.
As principais praças europeias encerraram o dia em baixa perante o atual cenário geopolítico (com os dois principais temas a focarem-se no encontro entre Donald Trump e o líder norte-coreano e na questão que envolve o Paquistão e a Índia).
A sessão foi marcada por diversas contas empresariais que de uma forma geral penalizaram os índices. A Beiersdorf, fabricante da Nivea, escorregou quase 10% (-9,81%). O analista do Millennium investment banking destacou ainda o disparo de 4,18% da Bayer para a liderança das big caps.
“Último reparo para o retalho britânico depois da confirmação da parceria entre a Ocado e a Marks & Spencer”, escreve o BCP. Já a Air France tombou 11,74% reagindo à entrada a bordo do Governo holandês no capital da transportadora aérea francesa.
Vamos aos índices. O global EuroStoxx 50 caiu 0,20% para 3.282,8 pontos. O CAC 40 caiu 0,26% para 5.225,35 euros; o Dax desceu 0,46% para 11.487,3 pontos e o Ibex caiu 0,17% para 9.211,7 pontos. Só Milão fechou em alta de 0,19%.
Em Madrid destaque para as energéticas. A Iberdrola (+0,11%) apresentou um plano estratégico que supera as expectativas dos analistas. No seu plano plurianual (para quatro anos) a maior energética espanhola prevê que os lucros anuais possam chegar até aos 3,9 mil milhões e o EBITDA deverá exceder os 12 mil milhões em 2022.
Já a Endesa (-0,91%) teve um resultado líquido que falhou estimativas, apesar de EBITDA superior ao esperado. A utility espanhola registou um EBITDA anual de 3,63 mil milhões e superou os 3,53 mil milhões mil milhões antecipados pelos analistas. As receitas anuais de 19,6 mil milhões vieram em linha com o esperado. No entanto o resultado líquido ficou nos 1,42 mil milhões e falhou os 1,45 mil milhões aguardados, refere Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking.
Na Europa destaque em termos macroeconómicos para os indicadores de confiança na Zona Euro que parecem abrandar ritmo de queda. Em fevereiro de 2019, o Indicador de Clima de Negócios da Zona Euro manteve-se nos 0,69 pontos.
As obrigações do tesouro sobem 3 pontos base na Alemanha para 0,148%. Portugal também com os juros a agravarem (+1,9 pontos base para 1,451%) depois da Comissão Europeia ter apresentado o boletim macroeconómico de inverno, onde aponta que a dívida externa, tanto pública como privada, e o crédito malparado são os principais “fatores de fraqueza”, tendo em conta um contexto de “baixo aumento da produtividade”. No mesmo documento a Comissão Europeia considerou “essencial” que, num clima de crescente incerteza a nível mundial, os Estados-membros da União Europeia promovam os investimentos e aumentem a produtividade, prosseguindo políticas orçamentais responsáveis.
Espanha com os juros em alta, a agravarem 2,1 pontos base para 1,159% e Itália com os juros a dispararem 8,1 pontos base para 2,785%.
O comissário para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, deixou no Twitter um quadro com os cenários menos e mais preocupantes. Chipre, Grécia e Itália integram o último pelotão. Aliás, o caso de Roma levanta cada vez mais preocupações. “A Itália não está perante nenhum procedimento por agora. Mas há alguns desequilíbrios e prestações mais vulneráveis. As contas públicas vão talvez dar-nos alguns problemas. Por isso é que apelámos a Itália para que regresse ao caminho das reformas e que o faça de forma vigorosa. Para nós, é uma questão urgente”, considerou Moscovici.
O euro cai 0,21% para 1,1365 dólares.
O petróleo sobe 2,10% em Londres para 66,58 dólares e nos EUA valoriza 3,21% para 57,28 dólares.
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