As tarifas que o Presidente norte-americano, Donald Trump, quer aplicar vão ter um “impacto global negativo”, mas não é possível avaliar os efeitos sem detalhes, afirmou hoje a presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Na conferência de imprensa após a reunião na qual o BCE decidiu reduzir os juros em 25 pontos base, Christine Lagarde respondeu a questões sobre as tarifas que o Presidente dos EUA quer aplicar e salientou que, “neste momento, não há nada que seja possível capturar em termos de números, abrangência, uma lista de itens para perceber o que é considerado”.
“Quando isso acontecer, vai entrar na nossa avaliação”, assegurou a presidente do BCE, sendo que poderá ter vários efeitos nomeadamente consoante as taxas, a redefinição de rotas de comércio e possíveis retaliações.
Mesmo assim, o que já é possível perceber é que a aplicação de taxas aduaneiras “vai ter um impacto global negativo”, reiterou.
A campanha presidencial de Donald Trump baseou-se em promessas de protecionismo económico, incluindo junto de economias como a canadiana, a mexicana ou a chinesa. Além destes países, Trump já ameaçou aplicar tarifas às transações com UE, Bolívia ou Dinamarca – devido ao território da Gronelândia.
O Presidente norte-americano disse, este mês, aos líderes empresariais reunidos no Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça), para fabricarem os seus produtos nos Estados Unidos, caso contrário “terão de pagar tarifas”.
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