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Madeira: PAN critica “preocupante desleixo” na gestão florestal

O PAN diz ser urgente implementar um Plano Regional de Combate a Infestantes e defende ainda a criação de uma Brigada de Reflorestação das Serras da Madeira.
30 Janeiro 2025, 18h35

O PAN Madeira considera existir um “preocupante desleixo” na gestão florestal na Região Autónoma da Madeira, com decisões que “contrariam os princípios” da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade.

A força partidária diz que um dos casos mais alarmantes ocorre sobre o aterro de terras da barragem do Pico da Urze, uma zona sensível integrada na Rede Natura 2000.

“Neste local, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) optou por plantar espécies nativas, o que, à partida, pareceria uma medida acertada. Contudo, é inconcebível que a mesma entidade, que investe milhares de euros na remoção e fiscalização de espécies invasoras, tenha permitido a colocação, de propósito e em vaso, de dois grandes Agaves com Crassulas, ambas incluídas na lista nacional de plantas invasoras. Esta contradição revela uma falta de planeamento e de conhecimento técnico que não pode continuar a comprometer os ecossistemas da Região”, afirma a força partidária.

O PAN diz ainda que neste local é “evidente” também a falta de manutenção.

“A carqueja cresce descontroladamente dentro das redes, abafando parte da plantação, o que demonstra um abandono inadmissível de uma zona onde se deveriam concentrar esforços para a recuperação ecológica. Não basta plantar árvores, é necessário garantir que o seu crescimento é acompanhado e que as condições para a sua sobrevivência são asseguradas”, considera a força partidária.

O PAN diz ser urgente implementar um Plano Regional de Combate a Infestantes, com critérios que “impeçam a propagação de espécies invasoras, exigindo um planeamento sério e uma fiscalização eficiente e que inclua a identificação e mapeamento atualizado das áreas afetadas”.

O partido defende ainda a criação de uma Brigada de Reflorestação das Serras da Madeira, que “promovam a remoção contínua das espécies invasoras e que igualmente procedam à plantação de espécies nativas, assegurando o seu acompanhamento e a manutenção” das áreas reflorestadas.

“Só assim se garantirá uma recuperação efetiva das nossas florestas, protegendo o património natural da Região”, reforçou o partido.

“O que temos testemunhado no terreno demonstra uma falta de planeamento e uma gestão irresponsável dos nossos ecossistemas. Não podemos continuar a assistir à propagação de espécies invasoras por parte das próprias entidades que deveriam zelar pela sua erradicação. É fundamental garantir um compromisso sério e coerente com a preservação da nossa biodiversidade”, disse o vice porta-voz do PAN Madeira, Válter Ramos.

O partido sublinhou que vai “continuar a acompanhar” de perto a realidade das serras da Região, “exigindo soluções concretas e coerentes para a proteção dos ecossistemas florestais” da Região

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