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XTB realça que “condições financeiras difíceis” explicam corte nos juros do BCE

A corretora salienta que o contexto é desfavorável, dado que as subidas anteriores das taxas ainda estão a ser transmitidas à economia, especialmente através da renovação de empréstimos.
30 Janeiro 2025, 16h36

A corretora XTB analisou a recente decisão do Banco Central Europeu (BCE) de baixar as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, uma medida que se alinha com as expectativas do mercado.

Segundo o relatório, “o atual processo de desinflação é positivo”, com as últimas leituras do Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC) “a alinharem-se com as projeções do BCE”. A análise sugere que a inflação deverá atingir o seu objetivo de forma constante, embora ainda se verifiquem ajustes nos preços.

O documento destaca que “o crescimento dos salários continua a ser moderado”, mas que o “aumento dos rendimentos reais suscita a esperança de um aumento da procura e das despesas das famílias”.

Apesar disso, a confiança dos consumidores permanece frágil, “à espera de um impulso que aumente a coragem do crescimento dos salários reais”. O mercado de trabalho, no entanto, “mostra-se robusto”.

A XTB observa que, embora as taxas mais baixas estejam a facilitar a contração de empréstimos, “as condições financeiras continuam difíceis”, dado que as subidas anteriores das taxas ainda estão a ser transmitidas à economia, especialmente através da renovação de empréstimos.

A análise também aponta que “a economia da área do euro estagnou no 4.º trimestre de 2024” e deverá permanecer fragilizada a curto prazo, com a indústria transformadora a contrair-se, embora isso seja “ligeiramente equilibrado pela expansão dos serviços”. Christine Lagarde, presidente do BCE, endossa a orientação da Comissão Europeia para aumentar a competitividade europeia através de “mudanças fiscais e estruturais”.

Por fim, os mercados agora esperam novos cortes nas taxas até junho, antecipando um corte total de “100 pontos base até ao final do ano, caso a inflação se mantenha controlada”. Esta expectativa reflete uma visão cautelosa sobre o futuro econômico da região, com a necessidade de estímulos contínuos para fomentar o crescimento e a recuperação.

 

 

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