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Portugal fecha 2024 com dívida pública em 95,3% do PIB

O stock total de dívida até subiu, em termos absolutos, no ano em análise, mas o rácio em função do PIB caiu novamente, mantendo a tendência dos últimos anos.
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, participa na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no Ministério das Finanças, em Lisboa, 16 de janeiro de 2025. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
3 Fevereiro 2025, 11h22
Em atualização

Portugal fechou 2024 com nova redução do rácio de dívida pública, isto apesar de o stock total ter voltado a aumentar, de acordo com os dados conhecidos esta segunda-feira do Banco de Portugal (BdP). O rácio caiu para 95,3%, ou seja, abaixo da projeção do Governo, enquanto o montante total em dívida cresceu 8,8 mil milhões de euros.

O stock total de dívida no final de dezembro de 2024 era, portanto, de 270,7 mil milhões de euros, detalha o BdP, isto após um ano em que este indicador havia caído em termos absolutos. Apesar de voltar a subir em 2024, o rácio em função do PIB também diminuiu e relação aos 97,9% com que havia fechado 2023.

Ainda assim, é um valor abaixo do que havia projetado o Governo, que antecipava um rácio de 95,9% no final do ano. entre as instituições internacionais e internas, a projeção do Governo era, de resto, a menos otimista: Bruxelas antecipava 95,7%, a OCDE apontava aos 95,4% e o FMI aos 94,4%, enquanto o Conselho de Finanças Públicas (CFP) previa 92,4% e o BdP 91,2%.

A subida em termos absolutos de 8,8 mil milhões de euros “resultou, em grande medida, do aumento dos títulos de dívida (+7,5 mil milhões de euros), especialmente de curto prazo (+5,9 mil milhões de euros), e dos empréstimos (+1,4 mil milhões de euros)”, detalha a nota do BdP.

O indicador em função do PIB caiu assim devido a um crescimento mais expressivo da base, ou seja, o produto interno, do que do próprio stock de dívida.

A confirmar-se, é o quarto ano consecutivo de redução do rácio de dívida pública, isto após o disparo causado pela pandemia. Excluindo 2020, este marca o sétimo ano seguido em que o indicador consolida, corrigindo o desequilíbrio agravado pelo pedido de resgate financeiro há mais de 10 anos.

Por outro lado, o montante total em dívida em termos absolutos havia caído nos últimos dois anos, um resultado agora invertido pelo crescimento de 8,8 mil milhões de euros em 2024.

Olhando exclusivamente para dezembro, o montante em dívida subiu 1,5 mil milhões de euros, refletindo “o acréscimo dos empréstimos (+1,1 mil milhões de euros), por via do recebimento de uma tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (1,3 mil milhões de euros), e de emissões de certificados de aforro (+0,4 mil milhões de euros)”, explica o banco central.

[notícia atualizada às 11h37]

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