Uma análise da Schroders revela a resiliência do private equity durante 25 anos de crises financeiras. Destaca este estudo que “o private equity tem demonstrado uma resiliência notável durante as principais crises financeiras das últimas décadas, superando sistematicamente as ações cotadas”.
Para avaliar se este desempenho é uma coincidência ou uma tendência sustentada, a análise da Schroders Capital abrange os últimos 25 anos, período marcado por cinco grandes crises financeiras: a crise das dotcom, a crise financeira global, a crise da zona euro, a pandemia de Covid-19 e o recente regresso da inflação.
O estudo conduzido por Nils Rode, Chief Investment Officer da Schroders Capital, e Verity Howells, Investment Research Manager Private Equity da Schroders Capital, explora as razões por detrás deste desempenho e fornece insights importantes para futuras estratégias de investimento em capital privado.
Entre as principais conclusões do estudo está o facto de os fundos de private equity superarem sistematicamente os mercados cotados durante as maiores crises de mercado dos últimos 25 anos.
No último quarto de século, os mercados de private equity registaram uma rentabilidade duas vezes superior durante as crises, comparativamente aos períodos de estabilidade.
Nos últimos quatro anos, os mercados financeiros enfrentaram uma série de desafios, desde a pandemia global e as tensões geopolíticas até à inflação recorde e ao ciclo de subida de taxas de juro mais rápido das últimas quatro décadas. Apesar deste cenário, os fundos de private equity destacaram-se, demonstrando resultados impressionantes tanto em termos absolutos como relativos.
O desempenho superior dos fundos de private equity deve-se a fatores estruturais, fundamentais e técnicos específicos do setor.
Em cada uma destas crises, o private equity não só superou os mercados públicos (mercado de capitais) como registou quedas menos acentuadas. Por exemplo, o máximo de queda trimestral dos fundos de private equity foi de -18%, significativamente inferior aos -31% registados pelo índice MSCI ACWI Gross.
Por outro lado, o estudo conclui que as distribuições, uma das principais preocupações dos LPs (limited partners), foram menos voláteis durante as últimas crises, com valores próximos de 10% do NAV (net asset value) atualmente, acima dos 5% observados durante crises como a das dotcom e a crise financeira global.
O estudo também revelou que, durante as crises, o private equity global superou o índice MSCI ACWI Gross com um retorno anualizado médio de 8% e superou o índice S&P 500 Total Return com um retorno médio de 4%. Estes números reforçam a robustez do private equity em períodos de extrema incerteza económica.
Além disso, o estudo sublinha que o private equity continua a ser uma componente robusta das carteiras de investimento, permitindo retornos consistentes e estabilidade relativa mesmo em momentos de grande volatilidade.
A resiliência do private equity ao longo das últimas décadas demonstra a sua capacidade de superar adversidades, oferecendo retornos consistentes e distribuição de capital atrativa aos LPs. As lições aprendidas reforçam a importância de diversificação, estratégias focadas em fundamentos sólidos e uma abordagem prudente para mitigar riscos.
A gestora de ativos Schroders diz que os investidores devem considerar diversificação dentro do private equity e cautela nos ciclos de expansão e recessão para enfrentar futuras crises.
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