O diretor nacional da PSP garantiu esta quarta-feira, 5 de fevereiro, que a polícia “está blindada contra qualquer tipo de politização ou partidarização” e negou ter recebido instruções das entidades políticas para a realização de qualquer operação, existindo apenas estratégicas da tutela.
“A PSP está blindada contra qualquer tipo de politização ou partidarização na sua ação. A nossa obediência é à Constituição e à lei. Os polícias da PSP na sua matriz têm o serviço ao cidadão como objetivo sempre presente”, disse Luís Carrilho aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, que hoje foi ouvido no parlamento sobre a operação policial efetuada em dezembro no Martim Moniz, em Lisboa, a pedido dos grupos parlamentares do PS, Bloco de Esquerda e Livre, foi questionado sobre a instrumentalização da PSP por parte do Governo.
Luís Carrilho indicou que a Polícia está dentro do Ministério da Administração Interna (MAI) e, “como é natural”, existem instruções estratégicas por parte do MAI.
Segundo o responsável, estas orientações estratégicas estão escritas e são realizadas em coordenação com a GNR e a Polícia Judiciária.
“Como é natural, eu reporto à ministra da Administração Interna que dá instruções de mais proximidade e maior segurança. Agora nunca, em 38 anos de polícia, tenho conhecimento que alguma entidade política tenha dado instruções à PSP para fazer operações aqui ou ali. Pode ter existido, mas nos oito meses que eu levo [enquanto diretor nacional] nunca tive nenhuma indicação, do ponto vista estratégico sim”, realçou.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com