Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro Luís Montenegro respondeu às críticas do líder do Chega, André Ventura, sobre a demissão do ex-secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
O primeiro-ministro classificou a criação de duas empresas imobiliárias pelo ex-secretário como “uma imprudência”, especialmente considerando que ele já ocupava um cargo governamental.
Hernâni Dias demitiu-se em 28 de janeiro, após a RTP noticiar que havia criado essas empresas enquanto era responsável pelo decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, também conhecido como a polémica lei dos solos.
Montenegro destacou que, apesar da imprudência, não se deveria falar em “incompatibilidades ou negócios”, uma vez que “a atividade dessas empresas foi zero”.
O primeiro-ministro também opinou que não era necessário que o secretário de Estado se demitisse, mas reconheceu que Hernâni Dias acabou por tomar essa iniciativa e que “fez bem”.
André Ventura criticou a situação, afirmando que, ao permitir que Hernâni Dias se mantivesse no cargo por vários dias após a revelação do caso, o Governo não estava a agir de forma séria. Ventura argumentou que “ser sério é dizer a quem comete crimes que a porta da rua é a serventia da casa”, insinuando que o Executivo deveria ter agido mais rapidamente em relação à demissão.
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