Os elevados preços das casas (43%) aliados aos baixos salários (30%) são as principais razões que afastam 73% dos jovens portugueses da sua independência. Esta é uma das principais conclusões do estudo divulgado pela Century 21 Portugal esta quinta-feira.
Dos jovens entre os 36 a 40 anos, só 31% acreditam que vão conseguir comprar casa dentro de cinco a dez anos. Um desafio agravado pelo facto da maior parte dos imóveis para oferta terem preços acima dos 300 mil euros.
Um efeito que é ainda mais sentido nas duas principais cidades do país. No caso de Lisboa, 59% da oferta nessa faixa de preço, enquanto no Porto o valor é de 56%, sendo que acima dos 300 mil euros a tipologia disponível no Porto é o T2 (25%), e em Lisboa, o T3 (26%).
Em sentido inverso, somente 1% da oferta em Lisboa está disponível abaixo dos 100 mil euros, percentagem idêntica nos 125 mil euros (1% em Lisboa e 1% no Porto).
Quando questionados se preferiam um aumento de salário ou uma redução do preço das casas, tanto para compra como para arrendamento para terem uma maior facilidade na sua independência, 42,3% dos jovens da Área Metropolitana de Lisboa optavam por um aumento no salário e 57,7% uma descida no preço das casas, enquanto na Área Metropolitana do Porto, 43,1% prefere uma subida no salário e 56,9% uma quebra no preço da habitação.
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, considera que “para muitos jovens, sair de casa dos pais significa dar início a uma vida a dois, mas a verdadeira dificuldade não está na vontade de emancipação e sim na conjugação de rendimentos baixos com a instabilidade profissional. Ter uma casa própria e construir um futuro continua a ser um grande sonho para a maioria dos jovens portugueses”.
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