O sistema bancário está mais resiliente desde a crise e os riscos estão agora mais presentes em instituições financeiras não bancárias menos reguladas. O alerta é da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), na atualização das previsões económicas intercalares, divulgada esta quarta-feira.
“A força e a resiliência dos sistemas bancários melhoraram significativamente desde a crise financeira, com regulação que elevou os requisitos mínimos de capital e liquidez”, refere a instituição liderada por Ángel Gurría. “Alguns riscos, no entanto, mudaram para instituições financeiras não-bancárias menos reguladas”, acrescenta.
De acordo com a análise da OCDE, na totalidade, estas representam atualmente cerca de metade do total de ativos financeiros globais.
“A resiliência das instituições financeiras não-bancárias continua a ser uma preocupação e precisa ser monitorizada continuamente, com padrões prudenciais mínimos estabelecidos e aplicados para salvaguardar a estabilidade financeira”, alerta.
A instituição com sede em Paris sublinha ainda que um abrandamento do crescimento económico global maior do que o estimado poderá aumentar os desafios colocados pelo peso da dívida, mesmo que os bancos centrais continuem a manter taxas de juro baixas por mais tempo do que o previsto.
A OCDE realça que este “é particularmente o caso dos mercados globais de títulos corporativos”, cujo stock de dívida pendente no final de 2018 (13 biliões de dólares) foi o dobro do registado em 2008 em termos reais. Identifica ainda que “a qualidade da dívida continua em declínio e há sinais que o crescimento dos lucros corporativos começou a desacelerar”.
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