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Pedro Nuno pede explicações a Montenegro e diz que “quem não deve não teme”

No debate da moção de censura ao Governo, que decorre esta tarde no parlamento, Pedro Nuno Santos fez, em nome do PS, o primeiro pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro na iniciativa do Chega motivada pela situação da empresa da qual Luís Montenegro foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos.
21 Fevereiro 2025, 17h16

O líder do PS desafiou hoje o primeiro-ministro a prestar todos os esclarecimentos para que não reste nenhuma suspeita porque “quem não deve não teme”, recusando transformar o voto contra a moção de censura num voto de confiança.

No debate da moção de censura ao Governo, que decorre esta tarde no parlamento, Pedro Nuno Santos fez, em nome do PS, o primeiro pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro na iniciativa do Chega motivada pela situação da empresa da qual Luís Montenegro foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos.

Criticando a “manobra de diversão” do Chega, que afirmou ter como “objetivo desviar a atenção dos problemas graves, de polícia, criminais de falta de educação parlamentar que têm marcado a vida do Chega nas últimas semanas”, o líder do PS deixou um aviso.

“Não pode transformar o voto contra do PS num voto de confiança. Se apresentasse uma moção de confiança nós também chumbaríamos essa moção de confiança”, disse.

Pedro Nuno Santos apelou a Luís Montenegro para que não deixasse “nenhuma margem para dúvida, nenhuma suspeita sobre o primeiro-ministro de Portugal” porque “quem não deve não teme” e deixou três perguntas a Luís Montenegro.

“Quero perguntar-lhe quem são os seus clientes. Um primeiro-ministro não pode ter clientes mistério”, começou por perguntar, querendo ainda saber que serviços foram prestados e por qual preço e também “quem prestou os serviços de consultoria da sua empresa”, nomeadamente depois de Montenegro ter deixado a sociedade.

Para o líder do PS, o primeiro-ministro “irritou-se e vitimizou-se”, mas um chefe do executivo “tem que dar esclarecimentos a toda a gente”, ao parlamento e aos jornalistas, como Montenegro “sempre exigiu quando estava na oposição aos membros do Governo do PS”.

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