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Desenvolvimento e estabilidade levam às urnas 700 mil guineenses

PAIGC e PRS têm concorrência de muitos partidos nas legislativas de domingo, vistas pelo sociólogo Miguel de Barros como uma grande oportunidade.
9 Março 2019, 14h54

Deveriam ter sido realizadas em abril de 2018, mas é neste domingo, 10 de março, que vão decorrer as eleições para a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, vistas como uma oportunidade para alterar o quadro político do país lusófono. Ainda que o Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS) devam continuar a concentrar as maiores votações, outras 19 formações partidárias querem aproveitar a mobilização do eleitorado para obter representação e até para ultrapassar a barreira de cinco mandatos necessários para formar um grupo parlamentar.

“Verifica-se um rejuvenescimento das listas de candidatos, com jovens que até aqui não tinham tido ligações partidárias. São pessoas com boa base académica e experiências profissionais que, além da Administração Pública e empresas, passam por organizações não governamentais e organizações internacionais”, disse ao Jornal Económico o sociólogo guineense Miguel de Barros, antecipando uma renovação_“no interior dos partidos e no parlamento”.

Como salienta o investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE da Universidade de Lisboa, muito elogiado pelo trabalho na organização não governamental Tiniguena, estas legislativas ficarão marcadas pela Lei da Paridade que indica uma quota de 36% de representação feminina. Embora Miguel de Barros só veja dois partidos a cumprirem a regra à risca, nota que “há partidos com oito mulheres como cabeças de listas de círculos e 15 em lugares elegíveis”, pelo que o atual máximo de 14% de mulheres na Assembleia Nacional Popular será decerto ultrapassado.

 

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