Na Guiné-Bissau, os mais de 761 mil eleitores podem votar este 10 de março para escolher os 102 deputados da Assembleia Nacional para os próximos quatro anos. A sufrágio apresentam-se 21 formações políticas, ficando a cargo do partido que conseguir a maioria a formação do governo para os próximos quatro anos.
A ONU e outras entidades internacionais acompanham o processo que deve ter resultados preliminares anunciados na segunda-feira.
Segundo os observadores, a campanha eleitoral, que encerrou esta sexta-feira, decorreu com normalidade nas últimas três semanas com a realização de comícios pelo país com milhares de pessoas concentradas em estádios, parques e no porto da capital, Bissau.
A Guiné-Bissau, país africano de língua oficial portuguesa, é há anos assolado por crises políticas, golpes e contra-golpes, com vários militares referenciados no tráfico internacional de droga.
Em 2015, Domingos Simões Pereira foi demitido pelo Presidente, José Mário Vaz, apesar de o PAIGC ter maioria absoluta no parlamento. Desde então, o país tem vivido numa permanente crise política que tenta resolver com as eleições de hoje, uma imposição da comunidade internacional.
O ministro do Interior da Guiné-Bissau, Edmundo Mendes, assegurou este domingo existirem agentes suficientes para cobertura das eleições legislativas, mas admitiu uma descoordenação com as autoridades eleitorais na distribuição das forças disponibilizadas pelo Governo. Vários agentes das assembleias do voto, sobretudo em Bissau, queixam-se de insuficiência de segurança para conter eleitores cujos nomes não aparecem nos cadernos e que por consequência são impedidos de votar.
Após exercer o seu direito de voto na capital, o ministro do Interior, citado pela agência Lusa, desdramatizou a questão.”Temos um dispositivo suficiente para dar cobertura total ao processo. Houve uma desordenação na distribuição dos agentes, mas vamos preencher as lacunas”, afirmou Edmundo Mendes.
Segundo noticia a Lusa, o líder do Movimento para Alternância Democrática (Madem) da Guiné-Bissau, Braima Camará, candidato a primeiro-ministro, disse ter votado para fazer parte “da mudança” e condenou quaisquer atividades criminosas no país como é o caso de tráfico de droga. Questionado pelos jornalistas sobre a apreensão pela Polícia Judiciária (PJ), no sábado, de cerca de 800 quilogramas de cocaína, disse esperar que o atual Governo assuma as responsabilidades e apresente à justiça os implicados no caso.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com