As ilhas de Cabo Verde receberam em torno de 1,2 milhões de turistas no ano passado, atingindo um número recorde.
Os números preliminares foram avançados à Lusa por Hamilton Jair Fernandes, presidente do Instituto de Turismo de Cabo Verde (ITCV), que acredita que 2025 poderá trazer novos valores históricos.
“Temos de pé, para os próximos meses, a possibilidade de ter a Easyjet nas ilhas de Santiago e São Vicente, demonstrando que esse pode ser o caminho imediato para a desconcentração” do setor, explicou o mesmo responsável em entrevista à agência portuguesa.
Para Jair Fernandes, a entrada de companhias aéreas internacionais no mercado cabo-verdiano, sobretudo de baixo custo, abrirá portas a “outro perfil de turismo, completamente diferente” daquele que, a avaliar pelos números, domina o setor: praia e resorts, sobretudo nas ilhas do Sal e Boa Vista. Este tipo de turismo responde pela maior parte da receita turística do país.
O alargamento das opções de linhas aéreas deverá ter “impacto em todas as ilhas e na economia local, com visitantes em busca de experiências no destino”, explicou.
“Um turista que esteja no Sal e queira ir à ilha de São Nicolau ou que esteja na Boa Vista e queira ir à ilha do Fogo, tem garantida essa possibilidade através da introdução das Linhas Aéreas de Cabo Verde, podendo ir num dia e voltar no outro”, acrescentou.
Segundo Jair Fernandes, o turismo de natureza “tem tido um crescimento exponencial e notório” sobretudo nas ilhas de Santo Antão, Fogo e Santiago”, com a modalidade de alojamento complementar a contribuir para uma experiência mais completa, para que “os turistas não se concentrem em hotéis e resorts e permitindo que, seja qual for a ilha que visite, tenha de antemão garantido o alojamento”.
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