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CIMAL apresenta medidas concretas para adaptar o Alentejo Litoral às alterações climáticas

O plano é estratégico para adaptar esta região às alterações climáticas, que têm uma influência em vários setores do país. As medidas que constam neste plano têm como objetivo minimizar os impactos ambientais, sociais e económicos que afetam os municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines.
Alentejo
10 Março 2025, 07h00

Vai ser apresentado esta segunda-feira o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo Litoral (PIACC) pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL). A apresentação vai decorrer na CM de Santiago do Cacém e contará com a presença da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho e Vítor Proença, presidente da CIMAL.

O plano estratégico para adaptar esta região às alterações climáticas, que têm uma influência em vários setores do país. As medidas que constam neste plano têm como objetivo minimizar os impactos ambientais, sociais e económicos que afetam os municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines.

“Partimos de um diagnóstico que é preocupante. As alterações climáticas vieram para ficar e com consequências muito preocupantes para a vida das populações e dos territórios, e este plano aponta algumas diretrizes, sendo um plano dez anos”, referiu ao Jornal Económico (JE) Vítor Proença.

Entre os principais desafios identificados destacam-se o aquecimento global, com o aumento da temperatura média, os eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, precipitação intensa e incêndios florestais, a subida do nível do mar, que afeta zonas costeiras e recursos hídricos, riscos para a biodiversidade, nomeadamente agricultura, turismo e ordenamento do território e também os impactos na saúde pública e segurança da população.

Em algumas das medidas apresentadas no plano há a possibilidade de recorrer a apoios, no entanto, o presidente da CIMAL refere que o plano tem de “envolver os cidadãos, municípios, administração central e a administração central pública”.

O plano propõe medidas de mitigação e adaptação para diversos setores. Quanto aos recursos hídricos o plano prevê uma monitorização e gestão eficiente do consumo de água, a reabilitação de infraestruturas de abastecimento e retenção de água, e estratégias para enfrentar as secas e escassez de água.

Na agricultura, pecuária e florestas está prevista uma adaptação de culturas às novas condições climáticas, o combate a pragas e doenças agrícolas, assim como medidas para reduzir o risco de incêndios florestais.

Nas zonas costeiras e recursos marinhos o plano aponta para a monitorização da erosão costeira e subida do nível do mar e a proteção dos estuários e lagoas costeiras contra a intrusão salina.

No ordenamento do território esta prevista a gestão do uso do solo para reduzir riscos de inundações e incêndios e a implementação de espaços verdes permeáveis em áreas urbanas.

Em saúde e segurança o plano aponta para ações de sensibilização sobre os impactos das alterações climáticas na saúde e o desenvolvimento de planos de resposta a fenómenos extremos.

Já no setor da energia, indústria e resíduos, o plano prevê uma melhoria da gestão de resíduos para reduzir impactos climáticos e a adoção de práticas industriais mais sustentáveis.

Quanto à biodiversidade e paisagem esta prevista a criação e manutenção de corredores ecológicos e a monitorização e proteção de espécies ameaçadas.

“Já há medidas que têm sido desenvolvidas, mas este plano é uma antecipação por parte dos municípios, um sinal de que os municípios do litoral alentejano entendem que é uma missão de proteção dos territórios e das pessoas”, refere Vítor Proença.

Uma das medidas apresentadas no plano é a gestão e monitorização dos recursos hídricos (RH_1, RH_3, RH_7), onde é previsto a implementação de sistemas de monitorização do consumo de água nos municípios, e que tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade da região a períodos de seca e escassez hídrica.

Outra medida apresentada é a adaptação da agricultura e florestas às alterações climáticas (BP_10, RH_6), que pretende proteger a economia agrícola e minimizar o impacto das alterações climáticas na produção. Outra medida é a proteção das zonas costeiras e prevenção da intrusão salina (BP_8, RH_4), com o objetivo de proteger as comunidades costeiras e os ecossistemas marinhos das alterações climáticas.

A sensibilização e educação ambiental para a adaptação climática (RH_10, BP_5) é outra das medidas apresentadas, que tem como objetivo garantir que toda a sociedade esteja preparada para enfrentar os desafios climáticos.

Objetivo final deste plano é criar um Alentejo Litoral mais resiliente e sustentável.

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