O Governo de Cabo Verde já reagiu à inclusão do país na lista de nações cujos cidadãos poderão enfrentar restrições de entrada nos Estados Unidos, assegurando que “vai encetar diligências” junto das autoridades norte-americanas.
Num comunicado emitido ao início desta noite e ao qual o Jornal Económico (JE) teve acesso, o Executivo liderado por Ulisses Correia e Silva diz, confrontado com o prazo de 60 dias para a correção de falhas na emissão de documentos, que “tomará todas as medidas necessárias para responder de forma eficaz a quaisquer questões levantadas”, enquanto “reafirma o seu compromisso com o estrito cumprimento das normas e regulamentos internacionais, nomeadamente os estipulados pelos Estados Unidos da América”.
O Governo sublinha, na mesma nota, que “existem preocupações que poderão ser sanadas em diálogo com as autoridades americanas” nesse prazo, dado que o país integra a categoria amarela da lista ao lado de outras 21 nações.
Em causa está uma lista de 43 países – além de Cabo Verde, surgem na lista Angola e São Tomé e Príncipe -, que estará a circular nos corredores da Casa Branca e que prevê novas restrições à entrada de cidadãos estrangeiros de vários países, cerca de metade do continente africano.
“O Governo de Cabo Verde tomou conhecimento da recente publicação do conceituado jornal The New York Times, que refere a existência de uma proposta de lista contendo um total de 43 países, categorizados por níveis de gravidade (vermelho, laranja e amarelo), cujas viagens para os Estados Unidos da América poderão ser proibidas ou restringidas. De acordo com a referida publicação, Cabo Verde encontra-se incluído nessa lista no nível amarelo, o que significa que existem preocupações que poderão ser sanadas em diálogo com as autoridades americanas num prazo de sessenta dias”, explica o Governo na mesma nota.
“Face a esta informação, o Governo de Cabo Verde vai encetar diligências junto das entidades competentes dos Estados Unidos da América para obter esclarecimentos detalhados sobre as preocupações que levaram à inclusão do país nesta lista”.
O Executivo sublinha, no mesmo comunicado, que “continua a acompanhar de perto a evolução deste processo e manterá informados todos os cabo-verdianos, tanto no território nacional como na diáspora”.
Donald Trump exigiu, no início do seu segundo mandato que o Departamento de Estado identificasse os países “para os quais as informações de verificação e triagem são tão deficientes que justificam uma suspensão parcial ou total da admissão de nacionais desses países”.
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